Obra está parada desde dezembro de 2014

Com os acessos deixados por uma obra paralisada desde dezembro de 2014, quando o serviço deveria ter sido finalizado, a Escola Estadual Brasilina Ferraz Mantero, localizada na Rua Tamôio, no Jardim Leblon, região sul de Campo Grande, virou ponto de encontro de amantes e usuário de drogas.

O problema foi relatado por um morador da região. Ele diz que é comum encontrar garrafas de bebidas alcoólicas e preservativos próximos do local onde os tijolos foram empilhados. “Moro no bairro há muito tempo e acho uma pena que a escola esteja assim, abandonada. Os muros estão por fazer, o portão está quebrado e a quadra abandonada. É complicado porque o colégio foi tomado por usuários de drogas e está sendo usado para relações sexuais”, lamenta.

Conforme a placa colocada em frente da escola, o prazo de conclusão da reforma, que custou mais de R$ 50 mil aos cofres públicos, encerrou -se em dezembro de 2014, mês no qual era para terminar a obra, os serviços foram totalmente interrompidos. A informação foi confirmada pelo diretor da Escola, Roberto Assaf.

“Eles pararam as obras em dezembro e disseram que faltava recurso do governo federal para que pudessem dar continuidade”, afirma o diretor. Com os serviços interrompidos, a escola que atende cerca de 600 alunos nos períodos matutino e noturno, permanece sem muro, com portão quebrado e quadra esportiva desativada.

O diretor relata que as aulas práticas de educação física foram suspensas por conta das condições da quadra. “Do jeito que está, não temos como levar os alunos para lá. As aulas foram restritas a jogos como xadrez, dama e aulas teóricas. Os alunos reclamam, mas eu fico de mãos atadas, não posso fazer nada porque isso depende de verba, o que não compete à escola”, justifica.  

Sem muro e com o portão quebrado, a presença do agente patrimonial não impede que o local seja invadido durante as madrugadas. “Tem muito usuário de drogas nessa região e de madrugada eles acabam entrando para usar entorpecentes porque ficou mais fácil de entrar na escola. Nosso vigia percebe e manda eles saírem, mas as vezes precisamos contar com o apoio da polícia”, declara.

Em nota a secretaria de educação informou que as obras que estão paralisadas dependem de recursos federais para serem concluídas e que atualmente, existe uma agente patrimonial que cuida do local, contudo, a SED afirmou que vai destinar uma equipe para verificar o que realmente está ocorrendo no prédio.

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*Matéria editada às 18h50 para acréscimo de informações.