MS confirma primeiro caso de mormo, doença que mata cavalos

Zoonose pode ser transmitida ao homem e a outros animais

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Zoonose pode ser transmitida ao homem e a outros animais

Foi confirmado nesta terça-feira (5) o primeiro caso de foco de mormo da história do estado. Um cavalo em Bela Vista (a 349 quilômetros da Capital) foi infectado pela doença e será sacrificado. A Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal ) trabalha para combater o foco de mormo, uma zoonose que acomete o ser humano e outros animais.

Segundo Roberto Siqueira, diretor-executivo da Iagro, equipe está na propriedade em Bela Vista para sacrificar o animal e coletar sangue dos outros animais do recinto. “Estão terminando os procedimentos. Depois de sacrificado, o cavalo será enterrado e suas vísceras serão trazidas para laboratório na Capital”, revela.

Exames revelarão se os outros animais da propriedade também foram infectados. Se for o caso, deverão ser sacrificados para evitar que o foco da bactéria da doença se espalhe.

A propriedade está interditada e vigilância é feita nos arredores. Siqueira alerta que os seres humanos envolvidos com os animais infectados devem procurar atendimento médico com urgência. “Todos os peões que tiveram contato com o cavalo ou com outros animais da propriedade devem procurar a Secretaria de Saúde”.

Afinal o que é mormo?

Confira abaixo detalhes sobre a doença. As informações foram retiradas do site oficial da Defesa Agropecuária de Alagoas.

Mormo ou lamparão, é uma doença infecto-contagiosa dos equídeos, causada pela bactéria Burkholderia mallei, que pode ser transmitida ao homem e também a outros animais. Manifesta-se por um corrimento viscoso nas narinas e a presença de nódulos subcutâneos, nas mucosas nasais, nos pulmões, gânglios linfáticos, pneumonia, etc. Os animais contraem o mormo pelo contato com material infectante do doente: pus; secreção nasal; urina ou fezes.

Sintomas

Os sintomas mais comuns são a presença de nódulos nas mucosas nasais, nos pulmões, gânglios linfáticos, catarro e pneumonia. A forma aguda é caracterizada por febre de 42ºC, fraqueza e prostração; pústulas na mucosa nasal que se transformam em úlceras profundas com uma secreção, inicialmente amarelada e depois sanguinolenta; intumescimento ganglionar e dispnéia.

Contaminação

A contaminação acontece pelo contato com material infectante (pus, secreção nasal, urina ou fezes). O agente penetra por via digestiva, respiratória, genital ou cutânea (por lesão). O germe cai na circulação sanguínea e depois alcança os órgãos, principalmente pulmões e fígado.

Tratamento

O mormo apresenta forma crônica ou aguda, esta mais frequente nos asininos. Os animais suspeitos devem ser isolados e submetidos à prova complementar de maleina, sendo realizada e interpretada por um veterinário do serviço oficial. A mortalidade dessa doença é muito alta.

O que fazer?

A primeira medida é notificar imediatamente a Defesa Sanitária, no caso em Mato Grosso do Sul, a Iagro. Depois, isolar a área de infecção e os animais suspeitos. Os animais que reagirem positivamente à mesma prova de maleína devem ser sacrificados e todo material que esteve em contato com eles deve ser desinfeccionado, assim como os alojamentos.

O local onde o animal vivia deve ser bloqueado e suspenso o trânsito de outros animais da propriedade.

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