MPF quer maior fiscalização na aquisição de merenda escolar em Batayporã

Denúncias apontaram casos de terceirização da produção

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Denúncias apontaram casos de terceirização da produção

O MPF (Ministério Público Federal) em Mato Grosso do Sul recomendou à Prefeitura de Batayporã, há 311 km da capital, que fiscalize o fornecimento de alimentos por agricultores familiares no âmbito do PNAE (Programa Nacional de Alimentação Escolar). Denúncias recebidas pela instituição apontaram casos de terceirização da produção, o que é proibido pelo PNAE.

 De acordo com as normas do programa, os alimentos entregues ao município devem ser produzidos pelo próprio fornecedor, não podendo ser revendidos nem negociados por intermediários. O objetivo da venda direta é o de garantir renda aos pequenos empreendedores locais, que passam a ser responsáveis por, pelo menos, 30% de todos os produtos adquiridos para a merenda escolar.

 Na recomendação, o MPF pede que a Prefeitura inclua nos próximos editais e contratos, expressamente, a regra da produção direta dos alimentos que forem adquiridos pelo PNAE e institua mecanismos para fiscalizar se o acordado tem sido efetivamente cumprido pelos agricultores familiares.

 Para o órgão ministerial, a medida tem dupla função “ fortalecer a agricultura familiar, por meio da aquisição de alimentos para a merenda escolar, bem como fiscalizar as verbas públicas gastas no âmbito do PNAE”. O município de Batayporã tem 20 dias para responder se acata ou não a recomendação. Em caso positivo, deverá, no mesmo prazo, apontar quais ações foram adotadas.

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