Reunião ocorrerá às 20 horas no Sinmed

Médicos que atuam na rede municipal de saúde de Campo Grande se reuniram novamente nesta quinta-feira, as 20 horas, para decidir se retomam a paralisação dos atendimentos ou não.

No início desta semana, apenas 30% dos profissionais estavam nos postos de saúde. A redução se deu como forma de protesto da categoria contra determinações do Executivo municipal. Entre as reivindicações dos médicos, pede-se a a volta do pagamento de gratificações e publicação da mesma no Diário Oficial.

“Depende somente do cumprimento estabelecido pela prefeitura, que envolve publicação no Diário Oficial do Município, de decretos e resoluções restabelecendo as gratificações de desempenho médico, de incentivo básico ambulatorial e outras coisas”, disse o presidente do Sinmed (Sindicato dos Médicos), Valdir Shigueiro Siroma.

Ainda segundo o Sinmed, caso seja necessário retornar à greve será mantido o acordo inicial, ou seja, voltará o atendimento dos médicos será reduzido nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento Comunitário) e nos CRSs (Centro Regional de Saúde).  
“Estamos confiando na palavra da prefeitura que prometeu fazer as publicações em diário oficial até quarta-feira”, esclareceu Vitor.

No entanto, apesar de acordo que garantiu a volta dos profissionais ao trabalho, a Prefeitura ainda mantém ação na Justiça que questiona a legalidade do movimento dos médicos.

Apesar de terem dado trégua, os médicos estão em ‘estado de greve’. A decisão consta em ofício da Procuradoria Geral do Município enviada na quarta-feira (13) ao desembargador Claudionor Miguel Abss Duarte.

Um dia antes, o magistrado despachou avisando que estava com tudo pronto e decidido sobre o caso, mas recebeu notícias e informações sobre a deliberação, por acordo, do fim da greve, inclusive em documento apresentado pelo Sinmed (Sindicato dos Médicos), réu no caso, pedindo fim à ação. Em seguida, o desembargador mandou perguntar à Prefeitura se ela concorda em extinguir o processo.

Em resposta, o procurador municipal Valdecir Balbino da Silva respondeu que o Município quer “regular prosseguimento do feito e a antecipação parcial da tutela jurisdicional pretendida”. Ou seja, a suspensão da greve e fixação de multa diária de R$ 100 mil em caso de descumprimento.