Mais de 2 mil professores fecham ruas de Campo Grande durante passeata

Professores municipais e estaduais pedem reajuste salarial

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Professores municipais e estaduais pedem reajuste salarial

Mais de dois mil administrativos e professores da rede pública de ensino fecharam as principais ruas do centro de Campo Grande durante passeata na manhã desta sexta-feira (29). A categoria reivindica reajuste salarial e acusa Estado e Município de não estarem cumprindo a lei.

Segundo o diretor do ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Geraldo Gonçalves, o protesto é por conta do impasse nas negociações salariais.

“Estamos nas ruas fazendo a denúncia que a lei não está sendo cumprida. Eles [Estado e Município] alegam que estão sem dinheiro e não estabelecem prioridades. Lamentamos que um governo passe informações distorcidas dizendo que um professor ganha R$ 5.600 o que não corresponde à verdade”, afirma.

O presidente do ACP destaca ainda que na última segunda-feira (25), o chefe da Semed (Secretaria Municipal de Educação), Wilson do Prado, enviou proposta dizendo que se tivesse dinheiro em caixa daria a inflação em outubro deste ano, no entanto, a proposta foi rejeitada pela categoria.

Conforme as informações do ACP, das 88 escolas municipais de Campo Grande, 44 estão paralisadas. A Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) confirma que no Estado a paralisação também continua e das 83 escolas na Capital, 50 seguem sem aula. Em todo o Estado a greve chega a 75% de adesão.

Alunos também se juntaram à manifestação. A estudante, Débora Tartari, de 16 anos, concorda com a ação dos professores. “Eles nos ajudam, são conselheiros. Nosso futuro depende deles e hoje precisam do nosso apoio”, defende.

A estudante Sara Rúbia do Nascimento, de 18 anos, observa que as manifestações são necessárias. “Acho injusto eles não receberem o aumento e, além disso, também queremos melhorias na estrutura das nossas escolas”, observa. O grupo está com faixas e bandeiras citando as reivindicações. Eles seguem para a Praça Ary Coelho, onde devem encerrar a manifestação.

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