Foram cortados 378 hectares de vegetação de mata atlântica

O IBAMA (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e o MPE (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) vão investigar a responsabilidade do Imasul (Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) na autorização do desmatamento de 377,56 hectares de vegetação de Mata Atlântica na Fazenda Barro Preto II, em Corumbá.

O proprietário, Geraldo Alves Ferreira Filho, também será investigado segundo o inquérito civil aberto ontem (9) pela 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Corumbá. Segundo inquérito, o dono da fazenda desmatou 450 hectares de área de floresta.

De acordo com assessoria de imprensa do Imasul, o órgão ainda não foi notificado. Eles estão aguardando a notificação para, então, se pronunciar sobre o caso. 

A Mata Atlântica é um bioma formado por um conjunto de florestas e ecossistemas em extinção. Atualmente, é a floresta mais ameaçada do Brasil, com apenas 12,5% da área original preservada. Corumbá foi o 2º município que mais desmatou de 2013 para 2014, segundo Atlas dos Municípios da Fundação SOS Mata Atlântica e do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) divulgado no dia 11 de novembro. Na cidade, apenas 28% da área total é de vegetação natural. São 256,5 mil hectares de mata atlântica. 

De 2000 a 2014, foram desmatados 1.185 hectares de mata atlântica da cidade, resultado que deixou a cidade em 3º lugar no ranking de municípios que mais desmataram.