Governo pretende entrar em acordo com professores, mas ainda não houve diálogo

Greve dos professores é por tempo indeterminado
Desde quando a greve dos professores estaduais de Mato Grosso do Sul foi iniciada não houve novo diálogo entre a categoria com o governo do Estado. A paralisação começou essa quarta-feira (27) e pode deixar os 270 mil estudantes da rede sem aula. Conforme informações da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação), hoje, aproximadamente 85% das unidades de ensino aderiram à paralisação.
Hoje, no entanto, o chefe do Executivo, Reinaldo Azambuja, comentou durante agenda pública que espera por um entendimento para pôr fim à greve, mas não sinalizou data de negociação.
“Mantemos o diálogo e só negociamos com responsabilidade fiscal”, disse. Reinaldo declarou ainda que o governo precisa ter responsabilidade fiscal e não prometer o que não se poderá cumprir. À imprensa, o tucano voltou a lembrar que os professores do Estado tem o 3º melhor piso salarial do País.
Greve dos professores
A decisão foi tomada pela Fetems na última sexta-feira, depois de o governador ter apresentado proposta de reajuste salarial de 4,72%. Os professores pedem que o Executivo cumpra o índice acordado em janeiro de 10.98%.
Tal percentual faz parte do parcelamento para alcançar o piso nacional para 20 horas do magistério. A Federação afirma que o profissional em MS recebe para 20 horas o piso de R$ 1,3 mil, enquanto piso nacional para mesma jornada é de R$ 1,9 mil. Ao todo, a greve pode fazer com que parte dos 270 mil alunos reponha as aulas durante os sábados.
Ontem a SED informa que a paralisação não obteve adesão de todas as escolas estaduais, e muitas permanecem funcionando normalmente.
“As aulas prejudicadas devido à greve da Fetems serão devidamente repostas, após o cumprimento do calendário escolar de 2015”, informou a secretária por meio de nota.