Fanáticos por fogos pagam até R$ 3 mil para colorir o céu no réveillon
Comerciante que efetivou moda mostra variedades
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Comerciante que efetivou moda mostra variedades
“Esse papo de crise não é verdade, nós já superamos isso”. É o que destaca Policarpo Matias de Lima, dono da mais antiga loja de fogos artifício de Campo Grande. Esta época do ano é comum vermos os mais variados tipos de fogos de artifício colorindo o céu das cidades e tem gente investindo alto para iluminar o céu e celebrar a chegada do novo ano.
Os preços dos fogos na loja no seo Policarpo são bem variados. Os mais baratos são os fogos de mão, que custam em ter R$ 15 e R$ 45, mas segundo seo Policarpo, os queridinhos deste não são os kits que tem uma variação de preço grande, vão de R$90 a R$ 3 mil e se engana quem acha que este mais caro fica pegando poeira na prateleira da loja. Segundo seo Policarpo, os fogos mais caros (aqueles de R$ 3 mil) acabaram há três dias.
O proprietário conta que esta época do ano o movimento na loja aumenta tanto que chega a empregar de 10 a 15 pessoas e ainda tem a ajuda da família e mesmo assim a correria é grande para dar conta da clientela. “Nessa época a gente não dá conta, é um desespero. Tem um carro da empresa que fica trazendo os fogos do depósito e hoje ele não para”, conta seo Policarpo animado com o movimento que já é maior que o ano passado.
A empresária Livia Machado conta que soltar fogos na virada do ano já é uma tradição da família. Até então essa era uma tarefa de seu esposo, mas depois de sua morte ficou incumbida de comprar os fogos e manter a tradição. “Não tenho muita base nem mesmo do preço por que todos os anos era ele quem comprava, mas vou procurar manter a tradição porque se não tiver sei que a família vai sentir falta”, conta a empresária.
O comerciário Luis Silva conta que na casa dele também todos os anos os fogos de artifício estão presentes nas comemorações e este ano vai ser diferente. “Todos os anos tem, então temo que manter”, diz. Sobre os preços, o comerciário diz que não sentiu nenhum aumento do ano passado para este.
Como tudo começou
Com 40 anos de experiência no ramo, seo Policarpo se orgulha de ter sido o primeiro a abrir uma loja especializada em fogos de artifício da Capital e em uma conversa bem descontraída com a equipe do Jornal Midiamax o simpático senhor contou como foi montar uma loja de fogos em uma cidade onde as pessoas não tinham o costume de usa-los.
Seo Policarpo era barbeiro e quando o cansaço da idade foi se aproximando ele percebeu que precisava se ocupar com outra coisa que não fosse tão exaustivo e ficar o dia todo em pé na barbearia já era tarefa difícil para ele. Observando a cidade percebeu que não existia aqui nenhuma loja que trabalhasse exclusivamente com fogos de artifício e acreditou que seria um ramo interessante a se investir.
“Não tinha uma loja que vendia só fogos, eles eram vendidos em locais que tinham outras coisas diferentes”, conta o empresário. Depois de observar isso seo Policarpo foi procurar um amigo que já trabalhava com fogos para tirar dúvidas de como manusear os fogos de artifício e esse amigo lhe deu algumas dicas.
A loja foi aberta, mas o movimento não era essas coisas, afinal naquela época o campo-grandense não tinha o hábito de comprar fogos de artifício. Durante dez anos seo Policarpo dividiu seus dias trabalhando na barbearia e na loja de fogos até que teve uma ideia meio inusitada para conseguir promover e divulgar sua loja de fogos.
“Eu pensei, vou fazer diferente. Coloquei várias caixas vazias nas prateleiras da minha loja, algumas cheias apenas de grama, mas sem fogos. Depois disso espalhei pela cidade que eu tinha a loja mais perigosa do mundo por causa dos fogos. Falei paras as pessoas e fui até nas rádios. Essa informação chegou até a polícia que foi até lá, pegou todas as caixas e colocou dentro de um caminhão. Desse dia pra cá o movimento nunca mais parou na minha loja”, diz.
Segundo o seo Policarpo, pessoas do Brasil todo já vieram visitar sua loja para saber como funciona. Antes o movimento era bem maior no mês de junho, que é quando acontecem as festas juninas, mas isso mudou muito durante os anos e hoje o lucro que ele tem nesta época de festas de fim de ano são bem maiores.
Indagado sobre o fato de mesmo com a idade avançada ainda estar dando duro na loja que fundou, seo Policarpo é categórico. “Os clientes já chegam e perguntam por mim, não confiam tanto no pessoal, nos mais jovens”.
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