Família amarga espera por leito para transferir idosa internada em UPA

Paciente sofreu AVC e aguarda transferência 

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Paciente sofreu AVC e aguarda transferência 

A família da aposentada Abadia Alves Rosa, de 77 anos, aguarda há 12 horas pela transferência da paciente para um hospital, onde ela terá a estrutura e o atendimento adequado para se recuperar de um AVC (Acidente Vascular Cerebral). A idosa chegou à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) da Vila Almeida na madrugada desta segunda-feira (27), e precisa ser levada urgentemente para um hospital por conta da gravidade de seu estado de saúde. 

“Esses governantes precisam dar um jeito nisto, é um absurdo esta situação, ela é uma idosa, tem problemas cardíacos, além de diabetes”, se queixou um parente de Abadia.

Segundo a gerente da UPA, Dirce Dominani, o caso da idosa é o mais urgente da unidade, sendo que os demais pacientes estão com o quadro de saúde estabilizado. No entanto, Abadia não a única a sofrer com a falta de vagas em hospitais. O caos instalado na saúde pública não é de agora. Ela está há 12 horas na UPA, mas outro aposentado, de 82 anos, esperou por cinco dias ser transferido para um hospital, mas acabou não resistindo. A família do idoso procurou a Polícia Civil e registrou um boletim de ocorrência contanto os fatos.

A assessoria de imprensa da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), declarou que não há previsão de abertura de vagas nos hospitais de Campo Grande. Quanto à possibilidade da compra de leitos em hospitais particulares, a secretaria informou que também não há disponibilidade de vagas na rede privada.

Por causa das internações irregulares nas Unidades de Pronto Atendimento, o MPE-MS (Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul), entendeu que os pacientes não podem ficar internados nesses lugares por mais de 24 horas e ajuizou Ação Civil Pública obrigando a abertura de novos leitos. A ordem foi enviada à Prefeitura de Campo Grande e ao governo de Mato Grosso do Sul, porém, a situação, até o momento, não foi solucionada e a população continua a sofrer e a se angustiar durante o tempo de espera.

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