Pacientes denunciam que tempo de espera chega a 4 horas

As reclamações da população por falta de médicos nas unidades de saúde de Campo Grande se intensificaram nos últimos dias. O aumento de pacientes por conta da epidemia de dengue, somada a falta de médicos nos postos e UPAs, tem prolongado o tempo de espera dos pacientes, que frequentemente recorrem ao Jornal Midiamax relatando a situação.

Na tarde desta sexta-feira (6), a equipe de reportagem foi informada que em pelo menos quatro unidades, nas UPAs Vila Almeida e Coronel Antonino, que pelos nossos registros, são as campeãs de reclamações, e nos CRS (Centro Regional de Saúde) Guanandi e Tiradentes.

No Guanandi, os pacientes relataram que estavam sendo orientados a procurar outra unidade, ou ir para casa, porque havia apenas uma equipe no atendimento, e estavam priorizando os serviços de urgência e emergência. O cenário se repetiu no Tiradentes, onde a atendente dizia que o tempo de espera seria “um dia inteirinho”.

Já na manhã deste sábado (5), a demora no atendimento está revoltando os pacientes da CRS Coophavilla. Segundo a denúncia, apenas dois médicos atendem no local, e o tempo de espera já chega a 4 horas.

Ainda na sexta-feira, a equipe de reportagem enviou e-mail a Prefeitura perguntando o porquê dos problemas, mas não obteve respostas.

Em entrevista com o secretário de saúde, Ivandro Fonseca, ele admitiu a superlotação das unidades de saúde, e explicou que um dos motivos foi demissão em massa, de pelo menos 300 médicos durante o mandato do ex-prefeito, e que até agora, apenas 80 foram recontratados. Segundo ele, o Executivo já esta buscando resolver o problema, com abertura de hospitais de campanha no Vila Almeida, Universitário e Coophavila, com abertura de 20 novos leitos em cada unidade, para hidratação via venosa, e contratação de mais 100 profissionais da saúde. Ainda não há prazo para os serviços.

Sobre a demora nos atendimentos, o secretário argumentou que desde que assumiu a secretaria, o tempo de espera dos pacientes caiu mais da metade. “Quando assumimos a saúde estava um caos, não tinha médicos, medicamentos e o tempo de espera chegava a 14 horas. Agora caiu para 4 horas ou 5 horas”, frisou.