Com unidade fechada, pais se preocupam com atendimento pediátrico especializado

Chefe da Sesau diz que novo prédio para especialidades já foi providenciado

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Chefe da Sesau diz que novo prédio para especialidades já foi providenciado

Depois de pouco mais de 1 ano de funcionamento, o PAI (Pronto Atendimento Integrado), antigo Cempe (Centro Municipal Pediátrico), localizado na Avenida Afonso Pena em Campo Grande, foi fechado. Na manhã desta terça-feira (1º), apenas os atendimentos especializados que estavam agendados foram realizados. Com o fechamento, a preocupação dos pais é com o futuro do atendimento pediátrico.

Cristina Mitsue, de 35 anos, diz que ainda não sabe, onde o filho de 9 anos, que sofre de diabetes e fazia acompanhamento no PAI será atendido. “Eles me disseram que por enquanto continua sendo aqui, mas não sabem até quando. Agora estou sem noção nenhuma do que vai acontecer”, declara.

Inayara Maciel, de 28 anos, tem um filho de sete anos. Ela diz que o menino faz acompanhamento com um oftalmologista no PAI e também reclama do fechamento do local.

“Ele tem retorno marcado para a próxima segunda-feira (7), mas depois disso não sabemos o que vai acontecer. É complicado isso. As crianças precisam de um local exclusivo para atendimento. Sem contar que para gente como eu que depende de ônibus, fica muito mais difícil um lugar longe do centro”, lamenta.

Ângela Maria Filgueira, de 57 anos, diz que o neto, de 8 anos, faz atendimento com nefrologista no PAI e também não foi informada sobre o novo local de atendimento. “Ainda não sabemos para onde vai”.

Tamires Granville, de 27 anos, tem dois filhos de 7 e 4 anos. Ela mora próximo da UPA Coronel Antonino e diz que nunca levou as crianças no PAI, mas também não concorda com o fechamento do prédio. “Para mim é mais perto trazer aqui, mas é demorado, para muitos pais vai ficar mais difícil levar em uma UPA”, observa.

Pai de duas crianças de 5 e 9 anos, Marcelo Fernandes Coelho, de 35 anos, critica o fechamento do PAI. “Achei isso horrível. É um tremendo desrespeito e uma falta de compromisso com a população. Lá tinha toda a estrutura necessária, já nas UPAs é tudo muito precário”, afirma.

Sérgio de Almeida, de 41 anos, é pai de duas crianças de 9 e 6 anos e de um bebê de 8 meses. Ele diz que o fechamento vai prejudicar a população. “Lá era bem melhor. Só trouxe meu filho na UPA porque o PAI está fechado”, frisa.

Mãe de um bebê de 1 ano, Madelene Clemente, de 19 anos, também critica o fechamento do PAI. “Acho que isso foi horrível porque lá o atendimento era apenas para crianças. Nas UPAs os pacientes ficam todos misturados e algum adulto pode acabar transmitindo uma doença ainda mais grave para a criança”, ressalta.

O chefe da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), Ivandro Fonseca, explica que os pediatras plantonistas foram remanejados para as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), a fim de atender a preconização do SUS (Sistema Único de Saúde), a cerca da descentralização da saúde.

Questionado sobre os atendimentos especializados, ele garante que em 20 dias o novo local de funcionamento será anunciado pelo prefeito Alcides Bernal (PP). “Já temos um novo prédio onde serão realizados os atendimentos especializados”, assegura mantendo mistério sobre o novo local.

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