Hospital opera em 80% acima da capacidade

Não só a greve dos médicos tem deixado à população desamparada, mas a falta de leitos nos hospitais da cidade provoca indignação de quem precisa do sistema público de saúde.

O aposentado Elyseu Candido Sandim, de 77 anos precisou esperar quase três dias para conseguir a transferência de uma UBS (Unidade básica de Saúde), do Nova Bahia para o Hospital Regional de Campo Grande.

De acordo com o filho de Elyseu, Walter Filho, de 29 anos, o aposentado estava em coma, já que quando chegou à unidade de saúde teve uma parada cardíaca. “Os enfermeiros estavam fazendo ventilação manual, e o estado dele é gravíssimo, já que ele tem doença crônica pulmonar”, fala o açougueiro.

“Entrei em desespero, tive que acionar a Defensoria Pública para conseguir a vaga, já que quando ligava atrás de uma vaga sempre me diziam que não tinha”, explica Walter que ainda fala que os próprios enfermeiros avisaram para tomar tal atitude senão o pai morreria na unidade de saúde.

“Meu pai chegou ao posto de saúde na terça (19), e só consegui transferência para ele na noite dessa quinta, foi desesperador”, relata Walter.

Em contato com a assessoria do Hospital Regional de Campo Grande foi informado a equipe de reportagem do Midiamax, que há dois meses o hospital enfrenta problemas com vagas em leitos do PAM (Pronto Atendimento Médico), que tem 77 vagas, operando em 80% acima da capacidade, mas que emergência e urgências são priorizadas conforme a disponibilidade de vagas.

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