Obra que era para ser concluída em outubro de 2012 está parada

O imóvel que deveria funcionar como um Ceinf (Centro de Educação Infantil) é cercado por mato e criança nenhuma pode entrar. As salas amplas, mesmo com acabamento, estão vazias, empoeiradas e com infiltrações. A obra, que era para ser concluída em outubro de 2012, está parada, sem nenhuma perspectiva de conclusão.

O prédio abandonado ocupa meia quadra na Rua Cabo Verde, no Jardim Tijuca II. Iniciada no dia 1º de fevereiro de 2012 com um investimento de R$ 2.028.496,19, como mostra a placa da obra, a construção evoluiu e quando já estava quase pronta, parou. “No começou eles construíram bem rápido, aí paralisou e não voltou mais”, relata a assistente jurídica Ludiane Catarina Pimenta, que mora ao lado do Ceinf.

Todas as salas já estão com piso e azulejo nas paredes, pias de alumínio e mármore completam onde deveria funcionar um refeitório, até um miniauditório próximo do lado do pátio da creche já está pronto. Ainda assim, por mais de 2 anos a obra continua parada e até o tapume que servia como ‘portão’ da entrada foi derrubado.

Para Lucimara Cardoso da Silva, de 36 anos, o Ceinf era uma oportunidade para a filha mais velha, que hoje tem 7 anos, estudar mais perto de casa, que em 2012 ficava a duas quadras do prédio. “A construção começou quando eu estava grávida da minha filha mais nova, que já vai fazer 2 anos e até agora nada de Ceinf, eu queria saber o motivo disso”, questiona.

Mesmo depois de se mudar do bairro, Lucimara acompanha o drama da irmã, que mora ao lado da creche e ainda assim precisa cuidar da neta, já que a mãe da criança não consegue vaga nos Ceinfs da região. “Um espaço deste, que poderia ajudar, acaba servindo só para usuários de droga”, destaca Silva.

Para outro morador, que preferiu não se identificar, depois que os tapumes foram arrombados o espaço virou alvo do tráfico. “Está abandonado há mais de 3 anos, agora arrombaram e estão fazendo tráfico lá. É reduto de drogados e sem-teto”, afirma. No local, é possível ver pichações e até garrafas de vodka jogadas.

Segundo Pimenta, depois que o prédio foi alvo de furtos, a Prefeitura providenciou vigias para o local, mas nenhum segurança foi encontrado durante o dia pela equipe de reportagem do Jornal Midiamax.

Prefeitura

O Jornal Midiamax entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande para saber do andamento das obras, mas em virtude do feriado não obteve resposta.