Cãozinho em situação de abandono mobiliza moradores da Vila Nascente

Moradores alimentam e até levam o cãozinho para passear

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Moradores alimentam e até levam o cãozinho para passear

Quem chega a uma casa sem muros na Rua Vinte e Dois de Novembro, na Vila Nascente, logo ouve os latidos. E se chegar mais perto dá para ver o cãozinho preso em uma pilastra, exposto ao sol e à chuva. Logo o animal para de ‘protestar’ com o visitante e fica ali, esperando por carinho e atenção.

A situação do cachorrinho vira-lata mobilizou moradores da região, que entraram em contato com o Jornal Midiamax para expor o que se passa no local. “Ele está há 3 meses ali amarrado, à noite ele fica chorando sozinho. Se você chega perto ele fica desesperado por atenção, porque está carente”, relata uma das moradoras, que preferiu não se identificar.

Onde o animal fica existe apenas um pote com água e os lençóis que o acomodam durante o sono, que na tarde deste domingo (3) foram molhados pela chuva que caiu na Capital. “Ele fica ali preso na coleira pequena, sem espaço, o precisa de espaço para andar, fazer as necessidades”, conta.

Segundo moradores da rua, os donos do animal são vistos na casa apenas de noite, ou bem de manhã, neste domingo a casa estava trancada e ninguém atendeu a equipe de reportagem.

 “Os moradores mudaram ai faz uns 6 meses, e quase não vemos eles. Para mim se você pega um cachorro precisa cuidar e fazer o possível para ele ficar bem”, defende outro morador da região.

Para a presidente da ONG (Organização Não Governamental) Vira-Latas, Cleuza Martins, em casos como esses o primeiro passo é procurar a Decat (Delegacia Especializada de Repressão a Crimes Ambientais e Proteção ao Turista). Ela explica que o ideal é fazer uma denúncia sobre o abandono na delegacia e depois disso os próprios moradores podem abrigar o animal.

“Se a casa tem muro, cadeado, aí a pessoa precisa chamar a polícia e acompanhar todo o processo de resgate do animal, se não ele é encaminhado para o CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) e é difícil conseguir tirar ele de lá depois disso”, afirma Cleuza. Enquanto a situação não se resolve, os moradores alimentam e até levam o cãozinho para passear, na esperança de compensar o abandono.  

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