Casa começa a funcionar na sexta-feira (17)
Campo Grande terá a primeira unidade de acolhimento para dependentes químicos do Estado, e a segunda do Centro Oeste (a 1ª fica no Distrito Federal). O local, que terá capacidade para até 14 pessoas, foi inaugurado na tarde desta quinta-feira (16) pelo prefeito Gilmar Olarte (PP).
“A indicação desta casa como recurso para usuários de drogas é sempre feita pelo Caps AD (Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas), onde eles fazem o tratamento efetivo e faz parte de um projeto terapêutico)”, destacou a coordenadora de saúde mental da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Ana Carolina Magalhães.
A unidade de acolhimento será um suporte para os CAPS, para fortalecimento de ações em prol de pessoas em situação de vulnerabilidade grave, e será mantida em conjunto pela Sesau e pela SAS (Secretaria Municipal de Políticas, Ações Sociais e Cidadania).
O titular da Sesau, Dr. Jamal (PR), revelou que dentro de três meses a prefeitura espera inaugurar uma nova unidade de acolhimento no Bairro Paulo Coelho Machado, com pelo menos 10 leitos. “Para complementação do atendimento e tratamento dos CAPS AD”, ponderou o secretário.
Segundo Janete Beline, titular da SAS, aproximadamente 90% da população de rua de Campo Grande é dependente química. “É difícil levá-los para acolhimento, e quando conseguíamos não tinha onde levá-los para tratamento”, destacou.
Ana Carolina explica que a casa será um espaço de permanência voluntaria, e que ela será conservada pelos próprios internos, que farão a limpeza do local e sua própria refeição. Em Campo Grande hoje existem 34 leitos de atendimentos nos CAPS.
A prefeitura revelou que a partir de sexta-feira (17), cinco pessoas já ocuparão a casa. Os demais serão selecionados entre os que perderam o vínculo familiar e social, muitos moradores de rua, e terão permanência de seis meses no centro de acolhimento, onde terão oportunidade de reinserção social, encaminhamento para o mercado de trabalho, acesso a cursos de requalificação profissional.
Gilmar Olarte aproveitou a ocasião para justificar o baixo crescimento das receitas municipais pelo ‘momento difícil’ pelo qual passa o país. “Não podemos usar a hipocrisia e acharmos que está tudo normal, não está”, finalizou o prefeito.