Aids: ainda há preconceito e desinformação, diz população

Hoje é o Dia Mundial de Combate à Aids

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Hoje é o Dia Mundial de Combate à Aids

No Dia Mundial de Combate à Aids, a equipe de reportagem do Midiamax foi ouvir a população campo-grandense sobre o que pensam da doença. Dentre os entrevistados, é unânime que ainda há muito preconceito e que muitos precisam se informar mais.

Servidora de 27 anos diz que ainda há preconceito com a doença. “Ainda tem gente que tem medo de ficar perto, trata quem tem como se fosse lixo”. Outra servidora, de 30 anos, concorda, mas diz que o medo diminuiu. “Quando teve aquele boom nas décadas passadas o medo era maior, hoje as pessoas têm mais informações, mas ainda é pouco”.

As duas afirmam que se cuidam e que andam com camisinhas na bolsa. “Também procuro autoclave para esterilizar quando vou ao salão de beleza. É preciso tomar cuidados”, alerta.

Para corretor de imóveis de 57 anos, o preconceito continua e falta informação. “Muita gente desinformada, nos dois sentidos, de contaminação e de prevenção. De achar que Aids ‘passa’ em um aperto de mão e de não se cuidar. Muitos jovens não têm medo de pegar a doença”.

Funcionário público de 27 anos também bateu nas mesmas teclas ao ser indagado. “É preciso mais campanhas de conscientização e orientação. Tem muita gente que não sabe quase nada sobre Aids e pode acabar se contaminando, ou que por não saber, tem medo de que tem”.

Semana de Luta Contra a Aids

A Prefeitura de Campo Grande deu inicio nesta segunda-feira (30) à Semana de Luta Contra a Aids.  Segundo os organizadores, o evento tem por objetivo dar maior visibilidade às questões relacionadas ao viver com HIV/Aids e à importância do teste, como prevenção e o tratamento a partir da detecção da doença.

O incentivo à testagem e tratamento (prevenção combinada) é uma nova abordagem de política pública, que vem permeando todas as recentes ações de comunicação e que estará amplamente presente durante o ano de 2016.O objetivo é o aumento do foco estratégico em ambientes e populações prioritárias para acelerar a expansão do tratamento.

Segundo dados do Programa Municipal de DST/Aids, Campo Grande possui 61 pessoas na faixa etária de 35 a 49 infectados com o vírus. No ano passado, foram registrados 127 infectados na mesma faixa etária. A predominância dos infectados é de homens. De janeiro a outubro, foram registrados 112 homens infectados com o vírus e somente 39 mulheres. No mesmo período do ano passado, foram registrados 192 homens e 114 mulheres com sorologia positiva.

De acordo com dados de Cedip (Centro de Doenças Infecto-parasitárias), de 2013 a 2015 foram registrados 973 pacientes que estão em tratamento e 172 pessoas abandonaram o tratamento.

Na transmissão do vírus de mãe para filho, conhecida como transmissão vertical, foram registrados dois casos este ano. No mesmo período do ano passado, foram sete casos.

Serviço

Se você fez sexo sem preservativo ou compartilhou agulhas há mais de 30 dias, faça o teste de HIV. Se isso aconteceu há menos de 30 dias, o teste pode não detectar o vírus. Embora todas as unidades de saúde possam coletar material para o teste de HIV e exames de DST, assim como seu tratamento, existe um serviço de referência no atendimento especializado – o Centro de Testagem e Aconselhamento. No local é oferecido apoio psicológico aos pacientes que passam pelo teste e oferece o tratamento de doenças sexualmente transmissíveis.

Centro de Testagem e Aconselhamento – Telefone: 3314-3450

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