Na coleta de dados realizada pela Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), a média do Lira (Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti) do mês de fevereiro ficou em 1,3%. O ideal, pelos parâmetros dos órgãos de saúde, é de que o levantamento fique abaixo de 1%. Segundo o coordenador municipal de Controle de Vetores do CCZ, Alcides Ferreira, o aumento do Lira é consequência do excesso de chuvas no mês de fevereiro e da falta de cuidado dos moradores. “Achamos muitos depósitos de lixo doméstico (latas, sacos plásticos, garrafas pet, latas de tinta) nos quintais e terrenos baldios. Também encontramos caixas d’água, tambores e bebedouros de animais expostos no chão”, revela.

Para reverter a situação, os funcionários do Centro de Controle de Zoonoses intensificaram os trabalhos de prevenção, orientação e eliminação dos focos da dengue nos bairros com maior infestação do mosquito. No Jardim Parati e Vila Eliane, onde foram confirmados dois casos da dengue sorotipo IV, a ação da prefeitura também foi intensificada.

“Num raio de 150 metros dos locais com notificação da dengue sorotipo IV, eliminamos focos e depósitos, fizemos borrifação com bomba costal, providenciamos o fumacê [borrifação do inseticida em veículo motorizado], orientamos os moradores e agilizamos a busca ativa dos casos”, detalhou Alcides.

Mesmo com o aumento do Lira em algumas regiões da cidade, Alcides não considera preocupante o total de casos de dengue na Capital. No período de janeiro até 12 de março deste ano, a Sesau registrou 1.252 notificações da doença. Já no ano passado, nos meses de janeiro e fevereiro, ocorreram 2.075 notificações, e no mês de março foram notificados 1.184 casos de dengue