Jhones Silva Cavalcante, de 20 anos, é julgado desde as 8h desta sexta-feira no Tribunal do Júri, em Campo Grande. Ele é acusado de matar a pedradas junto com o adolescente J.R.S.S. Manoel dos Santos, de 53 anos, morador do Dom Antônio Barbosa, no dia 20 de dezembro de 2009, por volta das 3h, na Rua Segismundo Tavares Santana, Parque do Lageado. 
O assassinato teria sido motivado porque Jhones teria achado que Manoel morava em um bairro rival quando, na verdade, os dois residiam no Dom Antônio. O adolescente teria dado uma pedrada na cabeça de Manoel, que caiu ao chão. Em seguida, Jhones o golpeou com várias pedradas na cabeça, até a morte.
Segundo o promotor de justiça Douglas dos Santos, Jhones agiu por motivo fútil, por suspeitar que Manoel fosse do Parque do Sol. Ele lembrou nesta manhã, durante o julgamento, que Manoel era trabalhador e não fazia parte de gangues, tendo arrumado um emprego como pintor cinco dias antes do crime. 
Outros agravantes do assassinato são o emprego de meio cruel, já que Manoel foi morto a pedradas, gerando demorado sofrimento, além de recurso que teria impossibilitado a defesa da vítima, porque ela caiu no chão. 
Lei do silêncio
A mãe de Jhones, Cirene da Silva Lima, de 34 anos, acompanha o julgamento. Abatida, ela acredita na inocência do filho. “Para mim é difícil essa luta com ele preso. Eu acho que meu filho é inocente e vai pagar por um crime que ele não cometeu, porque ele não pode falar lá na cadeia. Se ele falar, ele pode morrer”, disse.
Trabalhador
Cirene da Silva diz que o filho é servente de pedreiro e que trabalhava na época do crime. O promotor de justiça questiona. “Se ele era trabalhador, por que estava bebendo com duas mulheres e mais cinco homens, desde às 14h daquele dias, cinco garrafões de vinho e duas caixas de latinhas de cerveja?”. 
O julgamento deve terminar por volta das 11h. O júri é composto por três homens e quatro mulheres.