No início da ocupação da área pública, por volta de 2006, o presidente de bairro da época fez um abaixo-assinado para a retirada dos moradores.

Moradores que habitam em uma área pública no bairro Jacarandá, região norte de Campo Grande, alguns há quase dez anos, vivem um impasse a respeito de saber quem vai ficar e quem será removido do local.

Alguns denunciam  inclusive a existência de moradores que já possuem casas em outro bairro e construíram no Jacarandá para posteriormente alugar o imóvel.

A reportagem foi ao local, conversou com moradores e deparou-se com casas com carros na garagem avaliados em mais de R$ 20 mil. “Tem gente que tem casas em outro lugar e construiu quatro casas para alugar aqui”, disse uma moradora que preferiu não se identificar.

No início da ocupação da área pública, por volta de 2006, o presidente de bairro da época fez um abaixo-assinado para a retirada daqueles moradores. De lá pra cá, existe briga na Justiça sobre o local, já que, na época, o representante do bairro queria fosse construída ali uma praça de lazer.

Segundo quem mora em casas construídas nos terrenos em questão, o problema da água já foi regularizado pela concessionária, porém a luz ainda depende dos famosos “gatos”. “Eu preciso, não tenho outra casa”, conta o pizzaiolo Itamar Garcia, 42, que mora com a esposa e quatro filhos.

De acordo com a Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande), a lei municipal 4865/ de julho de 2010 desafetou o lote 1 da quadra 8 e a área 31 da quadra 7, locais que eram de domínio público, regularizando a situação. O próximo passo será o de fazer o levantamento fotográfico da região para saber quantas moradias estão em área irregular, quem poderá permanecer no local e quem terá que ser removido.