Moradores jogam entulhos nas ruas e atraso na coleta tornam bairro um ‘depósito de lixo’

Montes de entulho e mato cobrem parte das ruas no bairro Santo Eugênio e favorecem a proliferação de insetos, além de atrapalharem o trânsito, segundo moradores.

Moradores do Bairro Santo Eugênio, em Campo Grande, reclamam de uma situação que há cerca de um mês pode ser observada na região: montes de entulho e mato cobrem parte das ruas, favorecem a proliferação de insetos e ainda atrapalham o trânsito. Na Rua Professor Hilário da Rocha, uma das principais do bairro, a situação é mais crítica.

“Esse mato aí na porta das casas está há mais de um mês. Dizem que o caminhão vai passar pra recolher, mas nunca passa”, reclama a dona de casa Maria Rodrigues, de 51 anos. Ela contou ainda que um vereador, morador da região, tentou fazer um abaixo-assinado, mas sem sucesso.

Os montes de restos de árvores cobrem parte da calçada e de diversas ruas da região. Dois carros, caso se encontrem próximo ao entulho, não conseguirão passar ao mesmo tempo.

“Isso está assim em todo canto do bairro. Se vierem dois carros, não passam”, comenta o aposentado José da Silva, de 80 anos. “Isso [a situação] não está dando certo, não. Sem contar que é perigoso fogo, se alguém jogar cigarro. O caminhão do lixo até passa, mas não pega o mato”, finaliza.

Outras ruas onde os montes se concentram são a Elesbão Murtinho, uma das principais que dão acesso ao bairro, Mena Barreto, Carlos Ferreira Viana Bandeira, Augusto dos Anjos e Professor Hilário da Rocha.

Segundo os moradores, foi a própria que prefeitura que teria autorizado que os restos das árvores fossem jogados no meio-fio, para que depois um caminhão levasse o entulho para um local apropriado. A Prefeitura informou que não orientou os moradores a jogar lixo na rua.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação (Seintrha) informou que, por conta da época de chuvas, a periodicidade na coleta de lixo muda. Hoje, três caminhões estão recolhendo os entulhos no Bairro Universitário. A previsão é que esses caminhões cheguem até o Santo Eugênio em dois ou três dias. (Colaborou Priscilla Peres)