“Não estou arrependido, pois era eu ou ele. Antes assim”, fala Ezequiel Guimarães de Paula, 24 anos, que assumiu sozinho ter assassinado o vigilante Pedro Eudes de Moura, 61 anos, na madrugada do dia 17 de março do ano passado, na Rua Santo André, no bairro Santa Luzia – região oeste de Campo Grande. O julgamento está sendo realizado no Tribunal do Júri, em Campo Grande, pela 1ª Vara de Crimes Contra a Vida, onde tem o corpo de jurados formados por quatro homens e três mulheres.

Ezequiel admitiu ser usuário de maconha e pasta base. Além disso, afirmou que consumiu o entorpecente no dia do crime. “Usei antes de matar Pedro”, fala, porém não admite que usou a droga na casa de Ribamar Osório de Paiva, 49 anos, que é apontado em outros processos como traficante.

O réu não conseguiu explicar em que intervalo de tempo usou a droga, se ao sair da casa de Ribamar se deparou com a Pedro Eudes fazendo uma abordagem a uma pessoa desconhecida. Entretanto, Ezequiel afirmou categoricamente durante o julgamento popular que a mulher que estava sendo “enquadrada” pelo vigia estava próximo a casa de Ribamar a procura de uma “pedra”.

Ezequiel disse que durante a fase de inquérito policial ficou na mesma cela que o comparsa, Ribamar Osório de Paiva, 49 anos. Ele afirmou que foi repreendido por duas vezes neste período pela justiça, sendo uma delas, por estar com um aparelho de celular. “Durante todo este tempo tive sim contato com Ribamar”, fala. Ele não informou qual o conteúdo da conversa.