Chuva atrasa início da eleição presidencial na Argentina

O inicio da sétima eleição presidencial da Argentina, desde o retorno da democracia ao país, em 1983, foi atrasado em algumas regiões por causa da chuva. Desde cedo, muitos dos 28,6 milhões de eleitores foram as urnas. Entre eles, alguns dos sete candidatos que disputam a Presidência da República e o ministro da Economia, Amado […]

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O inicio da sétima eleição presidencial da Argentina, desde o retorno da democracia ao país, em 1983, foi atrasado em algumas regiões por causa da chuva.

Desde cedo, muitos dos 28,6 milhões de eleitores foram as urnas. Entre eles, alguns dos sete candidatos que disputam a Presidência da República e o ministro da Economia, Amado Boudou, candidato a vice na chapa da presidenta Cristina Kirchner.

De acordo com todas as pesquisas de opinião feitas até agora, Cristina Kirchner será reeleita no primeiro turno.

“A votação está transcorrendo sem dificuldades, com grande presença de eleitores”, disse o ministro do Interior, Florencio Randazzo.

Segundo ele, às 11h (12h no horário de Brasilia), 35% dos eleitores já haviam votado. As urnas fecham às 18h (19h, horário de Brasília) e, a partir das 21h (22h horário de Brasília), os resultados começaram a ser divulgados pela internet.

As eleições transcorrem de forma tranquila porque, em parte, os eleitores argentinos já treinaram nas prévias do dia 14 de agosto. Na ocasião, a presidenta Cristina Kirchner conquistou metade dos votos e uma vantagem de 30% em relação ao segundo colocado, Ricardo Alfonsin (filho do ex-presidente Raul Alfonsin e candidato da Udeso, de oposição).

Os grandes ausentes desta eleição são os partidos tradicionais: o Partido Justicialista (PJ), conhecido como Peronista, e a União Cívica Radical (UCR) que, historicamente se revezaram no poder ao longo dos últimos anos.

Ambos estão divididos. Os peronistas têm três candidatos: Cristina Kirchner; o ex-presidente Eduardo Duhalde (terceiro colocado nas prévias) e o governador de San Luis, Alberto Rodriguez Saa (irmão do ex-presidente Adolfo Rodriguez Saa, que governou a Argentina por apenas uma semana, em meio a crise de 2001).

“Nesta eleição não existem partidos, apenas frentes”, disse o analista político Rosendo Fraga. “E o certo é que a oposição esta fragmentada e debilitada”.

Ricardo Alfonsin também abandonou a UCR para atrair o apoio de outras agremiações políticas com a legenda União pelo Desenvolvimento Social (Udeso). Nas prévias, ficou em segundo lugar, com apenas 12% dos votos. Mas as pesquisas indicam que tanto ele quanto Duhalde perderão para Hermes Binner, desconhecido nacionalmente. Governador de Santa Fé, Binner é do Partido Socialista, mas nesta eleição, também montou uma coligação, a Frente Ampla Progressista.

Alem de presidente e vice, os argentinos votam para eleger 130 deputados federais, 24 senadores e governadores de oito províncias (estados).

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