Dupla invadiu casa no bairro Anahy e fez refém avós e neto de sete anos de idade; na mesma região, vendedor de pizzas foi assaltado

Uma família é rendida por dois homens armados, um entregador de pizza é assaltado em pleno horário de trabalho. Esses fatos que ocorreram em um intervalo de dois dias estão tirando o sono dos moradores da Vila Anahy, região do Caiçara, em Campo Grande que, preocupados com esses crimes recentes na região, estão procurando uma maneira de se protegerem.

Na noite de quarta-feira (20), um casal e o neto de sete anos foram rendidos e assaltados por dois homens armados que invadiram a residência da família. Eles não conseguiram levar nada porque a Polícia Militar flagrou a ação dos dois e os prenderam em flagrante.

Porém, se nenhum bem material foi levado, os ladrões conseguiram tirar o sossego dos moradores da região. Intranqüilidade que aumentou na madrugada de hoje, quando um entregador de pizza foi assaltado por um ladrão armado na rua Eldorado, no mesmo bairro.

O medo devido aos crimes recentes fica exemplificado quando o filho do casal que foi rendido pelos ladrões conta os efeitos que o crime teve em sua mãe. Sobre o caso, o torneiro mecânico de 33 anos, morador do bairro Pioneira, e que está com os pais desde o acontecido, afirma que sua mãe de 54 anos está muito nervosa e que só conseguiu dormir dois dias após o crime. 

Ele afirma que, ao ouvir qualquer barulho a sua mãe  já se recolhe para o quarto com medo de que outros ladrões invadam sua casa. Com receio, o torneiro mecânico pediu para o pai vender a casa onde mora há 32 anos. Segundo ele, seria mais seguro se os pais se mudassem para um apartamento.

Prevendo a negativa do pai em mudar de casa, o filho já pensa em colocar cercas-elétricas na residência, já que os ladrões entraram pelo muro e renderam toda a família.

O intuito deles era roubar televisões, celulares e o carro da família que seria levado para Ponta Porã, como relatou um dos pais para o filho.

Diante dos crimes recentes, não só a família que teve a casa invadida está com medo na região. Segundo a comerciante, Mônica Matos, de 32 anos, que tem um comércio há 2 anos na Vila Anahy, os crimes deixaram um ar de intraquilidade no bairro.

Ela conta que, agora, está com mais receio de ser assaltada, mas não fica pensando que isso vai acontecer para não perder a concentração no serviço. Antes de abrir o comércio, ela colocou cerca-elétrica e câmera no imóvel.

Já Wilson da Silva, de 70 anos, após os crimes, ainda não está protegido como a comerciante, porém ele já fez um orçamento para colocar cercas-elétricas na sua residência, além de alarmes nos carros.

Sobre os crimes recentes, ele afirma que ficou preocupado e que, quando ouve qualquer barulho de noite, vai junto com outra pessoa próxima para saber o que está acontecendo.