Destruição pós-chuva no interior e Capital é resultado da ação do homem, diz Giroto

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Diante do cenário de destruição que atingiu Campo Grande no sábado (27) e ainda, a ocorrida em janeiro nas cidades de Novo Horizonte do Sul, Aquidauana, Bela Vista, Coxim e Anastácio, o secretário estadual Edson Giroto (Obras e Transporte) diz que tudo é resultado da ação humana.

“O homem mexeu com a natureza e é a reação dela. Temos que conscientizar da nossa responsabilidade para que os projetos sejam mais bem dimensionados”.

Ele descarta problema na drenagem nas obras de asfalto feitas ao longo dos últimos dez anos na cidade. Mas, admite que a cidade tem crescido e é preciso reatualizar o Plano Diretor e a Lei do Uso do Solo.

Tragédia

O prefeito Nelson Trad Filho (PMDB) disse durante entrevista coletiva que a causa da tragédia foi o volume de chuva e descartou que seus antecessores tenham feito obras mal feitas ou permitido ação da construção civil sem planejamento.

Em 80 minutos foram 88 milímetros de chuva, diz. Segundo meteorologista Natálio Abrão a partir de 34 milímetros de chuva há risco de inundações.

Ainda esta semana será decretado estado de emergência. Com isso, a Prefeitura poderá buscar recursos federais e contratar empreiteiras sem licitação.

O prefeito descartou problemas com as empresas que trabalharam nas últimas obras de Campo Grande.

‘Obras de contenção de enchente’

Indagado sobre o fato de que em 2005, a cidade também enfrentou enchentes e cifras milionárias foram aplicadas nas obras de contenção de alagamentos e mesmo assim, cinco anos depois o episódio se repetiu de forma ainda maior, Trad Filho explicou.

Segundo ele, se não tivessem sido feitas as obras de contenção de enchentes na região do shopping, no Prosa e também no Parque do Sóter, onde foram construída barragens, a situação teria sido muito pior do que a registrada neste fim de semana na Capital.

“Aconteceu em função do volume pluviométrico. Firmamos um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público. A Lei do Uso do Solo é respeitada sem intervenção política e preservamos a mobilidade e a drenagem. A Lei vai ser revista em 2010”.

Giroto foi o responsável na gestão do ex-prefeito André Puccinelli (PMDB) e também na de Trad Filho por grandes obras de pavimentação na Capital como a da Avenida Interlagos e a do complexo do Sóter. Especialistas afirmam que o excesso de pavimentação e a pouca drenagem seriam o problema.

Durante entrevista coletiva, na Esplanada da Estação Ferroviária, nesta manhã, Trad Filho preferiu não comentar o assunto, mas garantiu que todas a drenagem acompanha todas as obras.

Já Edson Girotto frisa que é preciso trocar a tubulação em alguns pontos da cidade e que a infraestrutura de Campo Grande precisa de uma reavaliação.

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