Relatórios elaborados pela Prefeitura Municipal mostram que boa parte dos serviços de recuperação de pavimento das vias que estão recebendo obras da rede coletora de esgoto em Corumbá, não atende as normas técnicas de engenharia. São quatro cadernos, um para cada frente de serviço que está sendo executada pela Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul (Sanesul), que foram encaminhados à direção da empresa cobrando providências no sentido de que a restauração do pavimento ocorra de forma correta. O levantamento foi feito pelo setor de fiscalização da Prefeitura e integra uma das tarefas da Comissão Especial de Avaliação dos Serviços de Água e Esgoto do Município de Corumbá (Ceasae), instituída pelo prefeito Ruiter Cunha de Oliveira (PT) e coordenada pelo secretário municipal de Gestão Governamental, Cássio Augusto da Costa Marques.

“É o primeiro laudo encaminhado à Sanesul, um trabalho executado pelo nosso setor de fiscalização em todo o trecho que está recebendo obras da rede coletora de esgoto, e que aponta os locais onde a recuperação do pavimento não está de acordo e que devem ser recuperados”, afirmou Cássio. Conforme ele, os relatórios foram encaminhados também à Caixa Econômica Federal, agente financeiro do empreendimento, e a Prefeitura cobra da empresa para, em um prazo de 10 dias, apresentar um cronograma de recuperação das vias.

O secretário municipal de Desenvolvimento Integrado, Ricardo Ametlla, comentou que a apresentação de um relatório, contendo inclusive as vias que estão recebendo as obras da rede de esgoto, deveria ser encaminhado pela própria Sanesul ao Município. “Recebemos um relatório, mas incompleto. Diante disso, a própria prefeitura levantou os dados que faltavam e encaminhou os quatro relatórios à Sanesul e à Caixa Econômica”, salientou.

Ametlla observou que, em uma reunião com participação de representantes da Prefeitura, da Sanesul e da Caixa, ficou decidido que a empresa deveria elaborar os relatórios e enviar à Administração municipal, para acompanhamento do trabalho de recuperação do pavimento. Além disso, ficou pactuado que a instituição financeira não repassaria recursos para custear os serviços de restauração das vias, enquanto o trabalho não atendesse às normas técnicas de engenharia.

“Não queremos que a obra seja paralisada. Muito pelo contrário. Sabemos que é de extrema importância para a cidade, para o meio ambiente e para o Pantanal. Estamos sim, cobrando um serviço de qualidade na recuperação das vias que estão recebendo a rede”, afirmou Ametlla à Subsecretaria de Comunicação Institucional. Segundo ele, os relatórios mostram, inclusive com fotografias, problemas em vias com pavimento asfáltico, com lajota, com paralelepípedo e até mesmo ruas com revestimento primário (sem asfalto, mas que receberam melhorias por parte da prefeitura).

Outro lado

O gerente da Sanesul em Corumbá, Januário Ximenes, informou ao Diário que recebeu os relatórios e os encaminhou para a direção geral da empresa, em Campo Grande, que será a responsável pela avaliação da documentação e definição das medidas a serem tomadas.