A chuva que caiu em Corumbá entre as 16 horas de segunda-feira, 15 de março, e o início da madrugada de hoje, dia 16, atingiu volume total de 55,4 milímetros, segundo informou a este Diário o serviço meteorológico do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo da Força Aérea. A precipitação trouxe rajadas de ventos de até 58 quilômetros por hora.

O total pluviométrico trouxe transtornos para moradores dos bairros Cristo Redentor e Aeroporto, onde foram registradas, pelos Bombeiros, ocorrências de alagamentos de imóveis. A situação mais crítica, com a ação do 3º Grupamento para escoamento da água, aconteceu na alameda São José, esquina com a rua Campo Grande, no bairro Aeroporto.

Na casa da merendeira Rosemeire Vital, o trabalho de retirada da água teve de ser interrompido durante a noite, porque o fluxo não diminuía, em razão da chuva forte e constante. Pela manhã, uma equipe dos bombeiros retomou o serviço.

“Em menos de uma hora, minha casa já estava inundada. Não sabia que a situação neste local era assim. Aluguei a casa tem uns oito meses. Perdi muita coisa, como móveis, roupas, eletrodomésticos. Foi tão rápido que não tivemos tempo de levantar nenhum móvel. Minhas maiores preocupações são com meus filhos e minha mãe que é idosa. A água é de uma boca de lobo, é suja e pode transmitir doenças”, contou Rosemeire ao Diário.

O subsecretário de Serviços Públicos, Sérgio Baruki, informou que estão em execução, com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), obras de implantação de uma rede de galerias de águas pluviais que vai realizar a drenagem daquela região. A iniciativa vai garantir a capacidade de vazão das bocas de lobo existentes no bairro, solucionando os problemas de alagamentos. As obras têm previsão de conclusão no final deste ano.