Mais de mil famílias, oriundas do extremo Sul do Estado e do Paraguai, ocupam na madrugada de 29 de abril de 1984, a gleba Idalina, às margens do rio Guiraí no município de Ivinhema. A área de mata pertencia à empresa colonizadora Someco, de São Paulo. No dia 13 de maio ocorreu o despejo, considerado até então o maior da história de Mato Grosso do Sul. Esta invasão desencadearia o processo político da luta pela terra no Estado, coordenado pelo MST, Fetagri, CUT e outras organizações ligadas aos trabalhadores rurais. Os ocupantes de Idalina, nas negociações frustradas para permanência na área invadida, tiveram o apoio da CPT, Comissão Pastoral da Terra, através do bispo Teodardo Leitz, de Dourados e do deputado Sergio Cruz (PMDB-MS). Era governador do Estado Wilson Barbosa Martins (PMDB) e secretário de Segurança Pública Aleixo Paraguassu.
Acampados numa área pertencente à igreja católica, na vila de São Pedro, em Dourados, os despejados em Idalina foram assentados numa fazenda adquirida pelo governo estadual no município de Nioaque, o assentamento Padroeira do Brasil. A área desocupada no município de Ivihema, foi desapropriada pelo governo Sarney e transformada no assentamento Novo Horizonte do Sul, formado por brasiguaios, brasileiros que estavam no Paraguai. Novo Horizonte do Sul foi emancipado em 1995.
FONTE: Sergio Cruz, Conflito de Ivinhema, violência contra os trabalhadores sem terra, Câmara dos Deputados, Brasília, 1984.
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