Denúncia por corrupção pode enterrar sonho de ex-senador por cadeira de imortal

Leandro Mazzini
Com Walmor Parente, Carol Purificação e Isabele Mendes

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Condenado pelo assassinato de Chico Mendes, Darci Alves pretendia concorrer à prefeitura de Medicilândia (Pará)

Imortalidade em risco

O ex-senador Ney Suassuna (Republicanos-PB) vai tentar mais uma vez alcançar a
imortalidade: vai concorrer a uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. A vaga em
disputa era do poeta e diplomata Alberto da Costa e Silva. A situação jurídica de
Suassuna, no entanto, pode ser um obstáculo maior que os concorrentes à cadeira na
academia. No ano passado, foi acolhida denúncia do Ministério Público Federal que
apontava a prática dos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização
criminosa. O caso envolvia fraude em contratos de afretamento de navios junto a
armadores gregos e à Petrobras. Segundo a denúncia, o esquema gerou perda de US$
17,6 milhões à estatal e Suassuna foi condenado a 22 anos de prisão (em regime inicial
fechado). O ex-senador é primo do escritor Ariano Suassuna (1927-2014), que foi eleito
para a ABL em 1989.

Refúgio do pastor

Condenado pelo assassinato de Chico Mendes, Darci Alves pretendia concorrer à
prefeitura de Medicilândia (Pará) apostando no voto evangélico. Poucos no município
sabem do passado do hoje pastor. Ele recebeu a benção de caciques estaduais do partido
para comandar a legenda, mas foi destituído pela presidência do PL. Ficou
inconformado e se refugiou na igreja – Assembleia de Deus – que lidera.

Voo distante

Além do racha interno no MDB, conforme registrado pela Coluna, a presença do
prefeito Ricardo Nunes (MDB) no ato promovido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, na
Avenida Paulista, distanciou os tucanos que dificilmente apoiarão sua campanha à
reeleição. Uma das alternativas do PSDB é lançar candidatura própria, mas falta
consenso sobre eventuais nomes.

Beija-mão

Incomunicáveis por ordem do ministro do STF, Alexandre de Moraes, o presidente do
PL, Valdemar Costa Neto, e o ex-presidente Jair Bolsonaro, disputam protagonismo nas
articulações do partido para as eleições deste ano. Alheios à vaidade dos caciques encrencados, pré-candidatos e dirigentes estaduais da legenda beijam as mãos dos dois
quando passam por Brasília.

Voos domésticos

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) do Senado aprovou o
projeto ( PL 4.715/2023) que autoriza empresas estrangeiras a operarem voos
domésticos na Amazônia Legal. De autoria do senador Sérgio Petecão (PSD-AC), o
objetivo da proposta é baixar o preço das passagens aéreas: “A medida tem o condão de
diminuir o poder de mercado das empresas brasileiras”.

“Vem para cá . . .”

Preso ontem na 25º fase da Operação Lesa Pátria da PF, o empresário Adauto Lúcio de
Mesquita circulou pelo acampamento no Quartel-General (QG) do Exército, em
Brasília, seis dias antes dos atos de 8 de janeiro. “Vem para cá. Não perde a vez!”,
convocava em vídeo. Dono de 21 propriedades rurais, terá que se explicar sobre os
valores doados para o movimento golpista.

ESPLANADEIRA

#Instituto Estação das Letras abre bolsas integrais para escritores. # Grupo Protege aderiu ao Pacto Global da ONU. # Grupo CVLB anuncia vagas para o Programa Trainee. # Exposição “Àwúre” retrata os orixás, no Centro Cultural Correios RJ, dia 9. # Marca LAFE, do Grupo Fleury, completa 10 anos. # Brasília perdeu Wagner Resende de Castro, da Futurista Móveis.

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