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Brasil

PGR pediu prisão de Mauro Cid após os pais, mulher e filha do delator deixarem o Brasil

Polícia Federal investiga se tenente-coronel planejava fugir do país
Agência Estado -
Mauro Cid - Foto: Gustavo Moreno/ STF

Um dos motivos que levaram a Polícia Federal (PF) a abrir uma nova operação nesta sexta-feira, 13, contra o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), foi a saída de sua família do Brasil.

No último dia 30, os pais dele, Agnes Barbosa Cid e Mauro Lourena Cid, a mulher, Gabriela Santiago Ribeiro Cid, e uma das filhas viajaram para Los Angeles, Estados Unidos. Eles não têm restrição para deixar o Brasil.

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A PF investiga se o tenente-coronel planejou uma fuga. Os policiais federais fizeram buscas na manhã desta sexta na casa dele, em , por ordem do ministro , do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele também foi convocado para um novo depoimento nesta sexta.

Procurados pelo Estadão, os advogados Cezar Bitencourt, Vania Adorno Bitencourt e Jair Alves Pereira, que representam Mauro Cid, confirmaram a viagem.

A defesa afirma que a família foi comemorar a formatura do sobrinho mais velho e a festa de aniversário de 15 anos de outra sobrinha do coronel Mauro Lourena Cid. O irmão dele mora nos Estados Unidos desde 2002. A volta está prevista par o dia 20 de junho.

“Foram com passagens de ida e volta. Eles não têm restrição para viajar. E o passaporte supostamente requerido pelo Gilson Machado teria sido o português. Uma coisa não tem nada a ver com a outra”, afirma a defesa.

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A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a prisão preventiva do tenente-coronel e do ex-ministro do Turismo Gilson Machado, suspeito de tentar ajudar Mauro Cid a fugir. Apenas o ex-ministro foi preso.

O procurador-geral da República Paulo Gonet afirma que Gilson Machado procurou o Consulado de Portugal no Recife, no dia 12 de maio, “com o propósito de obter a expedição de um passaporte português em favor de Mauro César Barbosa Cid, para viabilizar sua saída do território nacional”. O documento não foi emitido.

Gonet considerou que há indícios dos crimes de favorecimento pessoal e obstrução de investigação envolvendo organização criminosa.

Segundo o procurador-geral, a fuga teria sido articulada “tendo em vista a proximidade do encerramento da instrução processual” da ação penal da trama golpista, em que Mauro Cid é um dos réus

“A informação reforça a hipótese criminal já delineada pela Procuradoria-Geral da República e evidencia a forte possibilidade de que Gilson Machado Guimarães Neto e Mauro César Barbosa Cid estejam buscando alternativas para viabilizar a saída de Mauro Cid do país, furtando-se à aplicação da lei penal”, escreveu o procurador-geral em manifestação sigilosa ao STF.

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O pedido foi enviado na quinta-feira, 12, ao ministro Alexandre de Moraes. Gonet pediu “urgência”.

“Nesse contexto, a conclusão da fase instrutória da Ação Penal n 2.668/DF, na qual Mauro César Barbosa Cid é réu colaborador, e a proximidade de sua finalização com análise de mérito, torna premente a adoção de medidas mais gravosas, voltadas à garantia da aplicação da lei penal”, justificou o PGR.

Passaporte português

Em fevereiro, o ministro do STF Alexandre de Moraes intimou Mauro Cid para esclarecer “por qual razão o colaborador solicitou passaporte português”. A defesa nega que ele tenha solicitado o documento.

O tenente-coronel comunicou ao Supremo Tribunal Federal que deu entrada em um pedido de cidadania portuguesa, no dia 11 de janeiro de 2023, “única e exclusivamente pelo fato de que toda a sua família já possuía cidadania portuguesa”.

Em 2024, Cid conseguiu a carteira de identidade portuguesa. O documento é válido apenas em Portugal, mas não pode ser usado para cruzar fronteiras. Na mesma manifestação ao STF, os advogados ofereceram entregar a identidade portuguesa de Mauro Cid, caso o ministro Alexandre de Moraes considerasse necessário.

Delação

Os benefícios da delação do tenente-coronel podem ser cassados se ficar comprovado que ele mentiu ou que tentou obstruir a investigação e a “aplicação da lei penal”, situação em que uma tentativa de fuga se enquadra juridicamente.

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