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Brasil

Moraes critica proposta de anistia para golpistas do 8/1: ‘Se fosse na sua casa, haveria?’

Ministro voltou a mostrar vídeos do 'quebra-quebra' do dia oito de janeiro
Agência Estado -
Ministro Alexandre de Moraes na Primeira Turma do STF que julga denúncia sobre o núcleo 1 - Foto: Rosinei Coutinho/STF

Ao votar nesta terça-feira, 22, para tornar réus os denunciados pela “gerência” do plano de , o ministro , do Supremo Tribunal Federal (STF), criticou o projeto de anistia para os golpistas do 8 de Janeiro de 2023.

O ministro voltou a exibir vídeos do quebra-quebra na Praça dos Três Poderes, como fez no julgamento do recebimento da denúncia contra o Jair Bolsonaro (PL), e comparou a invasão dos prédios do STF, do Congresso e do Palácio do Planalto a invasões de domicílio.

Moraes pediu que as pessoas de “boa-fé” reflitam sobre a violência dos atos golpistas e questionou: “Se um grupo armado organizado ingressasse na sua casa, destruísse tudo, mas com a finalidade de fazer o seu vizinho mandar na sua casa, ou seja, de afastar você e sua família do comando da sua casa, com violência, destruição, bombas, você pediria anistia para essas pessoas? Se fosse na sua casa, haveria? Então por que no , na democracia, na tentativa de quebra do estado democrático de direito, tantas pessoas defendem isso?”

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O deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), líder do PL na Câmara, conseguiu 262 assinaturas de apoio ao requerimento de urgência para o projeto de anistia, cinco a mais do que o mínimo necessário. Cabe ao presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), pautar a tramitação prioritária do projeto.

Moraes também rebateu os questionamentos sobre sua imparcialidade para conduzir o inquérito do golpe. As defesas alegam que ele não poderia relatar ações derivadas da investigação porque a denúncia menciona uma suposta operação para executá-lo em meio ao golpe – o Plano Punhal Verde e Amarelo e a operação Copa 2022.

Os advogados dos denunciados tentam colar no ministro a pecha de vítima e julgador. Esse argumento tem sido rejeitado pelo STF. O tribunal trabalha com a noção de que a vítima de atos antidemocráticos é o Estado e não deve der personalizada. Além disso, há precedentes que reconhecem que situações de impedimento criadas a posteriori não geram o afastamento dos magistrados.

Em seu voto, Alexandre de Moraes afirmou que “investigado não escolhe juiz”. “Todos aqueles que repetem incessantemente essa ladainha deveriam saber – e alguns sabem – que há um artigo expresso no Código de Processo Penal que prevê que o réu, o investigado, o indiciado não pode criar fatos supervenientes para provocar a suspeição ou provocar o impedimento do magistrado. Seria muito fácil, porque uma vez que ameaçasse um ministro, ele se daria por suspeito ou impedido, ameaçaria outro e outro, até chegar ao absurdo de nenhum dos ministros do Supremo Tribunal Federal poder analisar os fatos”, rebateu o ministro.

Moraes também explicou que a denúncia da PGR não é por tentativa de homicídio e sim pelo plano de golpe. “Aqui não se está analisando nenhuma ameaça específica à pessoa física Alexandre de Moraes, não se está analisando denúncia por tentativa de homicídio contra a pessoa física Alexandre de Moraes, mesmo que ministro, o que se está analisando é uma série de fatos encadeados pela denúncia da PGR contra a instituição democrática Poder Judiciário.”

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