O cirurgião plástico Milton Seigi Hayashi, condenado em duas instâncias pelo abuso de sua sobrinha de 9 anos, foi homenageado em um ato solene na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O evento foi convocado pelo deputado estadual Capitão Telhada (PP), que presidiu a sessão. O médico foi um dos condecorados pela Medalha Cinquentenário das Forças de Paz do Brasil, entregue pela Associação Brasileira das Forças Internacionais de Paz (ABFIP).
O processo tramita em segredo de justiça e foi revelado pelo jornal Folha de S.Paulo. O médico, por meio de sua defesa, diz ser vítima de “extorsão” e recorre da sentença no Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Em nota, Telhada disse ter tomado conhecimento sobre a condenação por meio da imprensa e que esteve na sessão por uma questão “protocolar”. O deputado estadual pretende acionar a ABFIP para a demoção da honraria e afirmou que seu gabinete acompanhará os desdobramentos do caso.
A entidade informou que não conhecia a condenação de Hayashi até então e que indicou o médico para a condecoração “após análise de documentos, informações prestadas pelo médico e notícias encontradas em redes sociais”. Também destacou que “não compactua com qualquer conduta criminosa”.
A associação disse que vai instaurar uma investigação interna sobre o caso e reforçou que a condecoração foi uma iniciativa própria, sem relação com a Alesp ou com Telhada. O Legislativo paulista destaca que a Casa “apenas cede o local” para eventos solicitados pelos gabinetes e que a medalha entregue não é uma de suas honrarias oficiais.
A ABFIP reúne brasileiros que atuaram em missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), mas não possui chancela do órgão internacional. Durante o ato, o presidente da entidade, Walter Mello de Vargas, afirmou que a honraria pretendia “reconhecer o trabalho de cidadãos que fazem a diferença”.
A sentença do médico no Tribunal de Justiça de São Paulo foi proferida em junho de 2024. O advogado Elber Carvalho de Souza, que representa Hayashi, afirma que seu cliente é vítima de “extorsão” e recorre da decisão no STJ.
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