Delegada de SP é afastada por envolvimento com quadrilha de drogas que tinha informantes em MS
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O TJSP (Tribunal de Justiça de São Paulo) decretou o afastamento da delegada Maria Cecília Castro Dias, titular da 77º DP (Distrito Policial) do bairro Santa Cecília, em São Paulo, na última sexta-feira (7) por suspeita de envolvimento em uma quadrilha que desvia cargas de drogas para traficantes. A quadrilha tinha informantes em Mato Grosso do Sul, de onde a cocaína saia para o estado de São Paulo.
Também foi cumprido um mandado de busca e apreensão na casa da delegada. A quadrilha, que teria a participação de policiais civis, estaria desviando cargas de droga para, posteriormente, vendê-las para traficantes. Na casa da delegada, foram apreendidos celulares, documentos, arma, distintivo e a carteira funcional de Maria Dias.
A decisão judicial do afastamento da delegada foi decretado pelo juiz Oto Sérgio Silva de Araújo Júnior, da 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro do TJSP. Outros três policiais civis foram presos no último dia 23.
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Maria Cecília estava à frente do 77º DP (Santa Cecília) e do 2º DP (Bom Retiro), ambas as delegacias, juntamente com o 1º DP (Sé) e o 12º DP (Pari), tinham parte de seus recursos materiais e humanos usados na quadrilha, que trocava cargas milionárias de drogas, geralmente cocaína, talco ou gesso.
A reportagem do jornal Metrópoles teve acesso aos relatórios da Corregedoria da Polícia Civil e do MPSP (Ministério Público de São Paulo) que comprovam que Elvis Cristiano da Silva, chefe da 1ª Delegacia Seccional, teria vendido cargos de chefia nos distritos do centro da cidade de São Paulo, os quais teriam sido ocupados por pessoas que fazem parte do esquema de tráfico de drogas.
Policial de SP preso tinha informantes em Mato Grosso do Sul
O policial civil de SP, Cléber Rodrigues Gimenez, 47 anos, preso depois de investigações de esquema de tráfico de drogas, recebia informações sobre os carregamentos de cocaína que saíam de Corumbá, no Mato Grosso do Sul, de informantes do Estado.
Cléber Rodrigues tinha uma empresa que movimentou R$ 81 milhões em 5 anos. Ele não tinha funcionários e, segundo Josmar Jozino, do UOL, era investigado por lavagem de dinheiro e comandava o maior esquema de corrupção da história da Polícia Civil.
Para a Corregedoria da Polícia Civil de SP, ele foi considerado o maior traficante da corporação. A reportagem também apurou que o policial e os integrantes do grupo tinham informantes em Mato Grosso do Sul, que avisavam sobre os grandes carregamentos de cocaína que saíam de Corumbá e de outras cidades do Estado com destino a São Paulo.
Os informantes compartilhavam todos os dados dos caminhões e dos motoristas. No momento que os caminhões cruzavam a divisa com São Paulo, eram abordados pela equipe do investigador. Contudo, não há informações de quem seria informante de Cléber em Mato Grosso do Sul.
Segundo as investigações, há indícios de que os R$ 81 milhões foram arrecadados por meio do desvio de grandes quantidades de cocaína e maconha apreendidas com traficantes em falsas investigações policiais. Gimenez era chefe dos investigadores do 77º DP (Santa Cecília).
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