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Brasil

Bolsonaro deveria ser julgado na 1ª instância e não no STF, diz Marco Aurélio Mello

Ex-ministro do STF defendeu que Jair Bolsonaro deveria ser julgado em primeira estância por ser cidadão comum
Mariane Chianezi -
O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello (Foto: Nelson Jr./SCO/STF)

O ex-ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Marco Aurélio Mello, afirmou que Jair Bolsonaro deveria ser julgado na primeira instância judicial, e não pelo STF.

Conforme disse o ministro em entrevista à revista Veja, após deixar o cargo, Bolsonaro tornou-se um cidadão comum e, portanto, deveria ser processado inicialmente na primeira instância, o que lhe garantiria direito a recursos em outras instâncias.

“O STF julga ações contra ex-deputados federais, contra ex-senadores, contra ex-ministros de Estado, ex-ministros do próprio Supremo, ex-procuradores da República? Não! Por que seria competente para julgar um ? O julgamento de Bolsonaro deveria ser na primeira instância”, afirmou Marco Aurélio.

O ex-ministro também alertou que manter o julgamento no STF fere o princípio do juiz natural e prejudica o devido processo legal, além de privar Bolsonaro do direito de recorrer a outras instâncias. “A cidadania vai embora com isso”, disse Marco Aurélio, defendendo que todos os cidadãos devem ter garantias legais iguais perante a Justiça.

Crítica

Sobre a possibilidade de Bolsonaro ser julgado pela Primeira Turma do STF, como sugerido pelo ministro Gilmar Mendes, Marco Aurélio Mello criticou a ideia e defendeu que julgamentos penais devem ser conduzidos pelo plenário completo da Corte.

“Supremo é o plenário. Eu estive 31 anos lá; as ações penais eram julgadas estritamente no plenário. Agora, você passa a ter vários Supremos. Está tudo errado”, afirmou.

Atualmente, a Primeira Turma do STF é composta pelos ministros , Cármen Lúcia, Cristiano Zanin, Flávio Dino e Luiz Fux.

Impacto em julgamento

A decisão sobre o foro competente para julgar Bolsonaro pode ter grande impacto nos processos contra ele, influenciando o tempo de tramitação e as possibilidades de defesa.

Além disso, o STF recentemente mudou seu entendimento sobre o foro privilegiado, mantendo processos na Corte quando os crimes foram cometidos durante e em função do mandato. Isso pode afetar diretamente a análise do caso do ex-presidente.

No entanto, Marco Aurélio ressalta que a Constituição define claramente as competências do Judiciário, e que o julgamento de um ex-presidente deveria ocorrer na primeira instância.

Confira trecho de entrevista:

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