Pular para o conteúdo
Brasil

Toffoli pede vista e suspende análise de recurso de Collor por fraude de R$ 29 milhões

Trata-se de um recurso do ex-presidente contra condenação decorrente da Lava Jato
Agência Estado -
(Fábio Rodrigues Pozzebom, Agência Brasil)

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), interrompeu, por meio de um pedido de vista (isto é, mais tempo para analisar o processo), o julgamento de um recurso do ex-senador e ex-presidente da República Fernando Collor contra uma condenação decorrente da Lava Jato. Quando concluído, o caso pode levar Collor à prisão.

O político alagoano recorre de uma decisão do STF de maio passado, que o condenou a 8 anos e 10 meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de envolvendo um contrato da BR Distribuidora, subsidiária da . Pelo regimento do STF, Toffoli tem agora 90 dias para devolver o processo. O ex-presidente nega qualquer irregularidade ou crime. Procurada, a assessoria de Collor não se manifestou.

O recurso cujo julgamento foi agora suspenso por Toffoli é um embargo de declaração. Serve, em tese, para que o STF corrija, esclareça algum erro, omissão ou ponto obscuro da decisão, e foi apresentado pela defesa de Collor em 27 de setembro do ano passado. O recurso estava sendo julgado por meio do plenário virtual do Supremo, modalidade na qual não há debate presencial entre os ministros – os magistrados apenas depositam seus votos, por escrito, num sistema online. A peça é assinada pelos advogados criminalistas Marcelo Bessa e Thiago Lobo Fleury, que fazem a defesa do alagoano.

O pedido de vista de Toffoli veio pouco depois do início do julgamento do recurso, neste sábado (09). Antes que Toffoli interrompesse o julgamento, o ministro votou para negar o pedido do ex-presidente. “Os embargantes (Collor e outros réus) buscam, na verdade, rediscutir pontos já decididos pela Suprema Corte no julgamento desta ação penal, invocando fundamentos que, a pretexto de buscar sanar omissões, obscuridades ou contradições, revelam mero inconformismo com a conclusão adotada”, escreveu Moraes.

A acusação contra Collor foi apresentada ainda em 2015 pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot. De acordo com a denúncia, o político alagoano recebeu R$ 20 milhões em propina da empreiteira UTC Engenharia para que a empresa ganhasse um contrato com a BR Distribuidora, uma subsidiária da Petrobras que, à época, era controlada por indicados do PTB de Collor. Inicialmente, o relator do processo, Edson Fachin, sugeriu pena de 33 anos e 10 meses de prisão. No mesmo caso, também foram condenados os empresários Pedro Paulo Bergamaschi e Luís Pereira Duarte de Amorim.

Já a defesa de Collor e dos demais réus alegou que a acusação foi feita apenas com base na palavra de delatores – no caso, o doleiro Alberto Youssef; Rafael Ângulo Lopez, funcionário dele; e o dono da UTC, Ricardo Pessoa. O plenário do Supremo, no entanto, entendeu que a acusação estava baseada em mais evidências que só as delações, ao condenar o político alagoano. O processo trouxe, por exemplo, comprovantes que estavam em posse de Youssef, entre outras provas. Ao apresentar o recurso, a defesa de Collor alegou que os ministros desconsideraram argumentos dos defensores e que houve erro no cálculo da pena do senador, entre outros pontos.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
Avistamentos de onças mudaram a rotina no bairro (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Com cinco onças à espreita, bairro em cidade de MS adota toque de recolher 

homem misterioso 22 06 2027

De óculos e chapéu, homem misterioso chega a Campo Grande com aviso sobre o futuro

Chuvas e ventos derrubam árvores e deixam bairros sem energia elétrica em Dourados

Acusado de esconder R$ 800 mil em colchão, Cezário diz à Justiça que está ‘quebrado’

Notícias mais lidas agora

Consórcio Guaicurus tenta reduzir multa de R$ 150 mil por ônibus lotados na pandemia

Acusado de esconder R$ 800 mil em colchão, Cezário diz à Justiça que está ‘quebrado’

claudinho serra

Claudinho Serra, assessor e empreiteiro foram presos por ‘lavagem’ e organização criminosa

Rússia ataca a Ucrânia com mísseis e drones e fere ao menos três pessoas

Últimas Notícias

Polícia

Ex-jogador com deficiência é preso por tráfico de drogas em MS

Atleta teve perna amputada há dez anos e encerrou carreira

Cotidiano

Tumor cerebral: especialista detalha sinais de alerta após morte de criança em MS

Criança de 9 anos morreu no Hospital Regional, em Campo Grande, apenas 48 horas após receber o diagnóstico

Transparência

Consórcio Guaicurus tenta reduzir multa de R$ 150 mil por ônibus lotados na pandemia

Empresas de ônibus questionam fiscalização do Ministério Público

Polícia

MS tem 6 procurados na lista da difusão vermelha da Interpol

A lista, onde constam os 6.571 mais procurados do mundo, recebeu a inclusão da deputada Carla Zambelli (PL-SP) nesta semana