O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, disse que as investigações vão dizer se há uma ligação entre Francisco Wanderley Luiz, autor das explosões na praça dos Três Poderes, e Débora Rodrigues, presa por participar dos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023.
O homem-bomba que morreu após explosões em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF), Francisco Wanderley Luiz, deixou um recado no espelho da casa em que estava hospedado para a mulher que escreveu com batom “Perdeu, mané” na estátua que fica em frente à Corte, durante os ataques de 8 de janeiro de 2023.
“Débora Rodrigues. Por favor, não desperdice batom!!! Isso é para deixar as mulheres bonitas!!! Estátua de merda se usa TNT!”, afirmou o recado.
Débora Rodrigues dos Santos foi presa em março por escrever a frase “Perdeu, mané” na estátua da Justiça, localizada em frente ao STF. Ela foi flagrada por fotógrafos pichando o monumento no dia dos atos antidemocráticos.
Na casa do homem, foram encontradas caixas vazias de rojões, tubos de PVC, pilhas com placas acopladas e outros itens que, possivelmente, podem ter sido utilizados para fabricar bombas caseiras.
A residência também tinha um forte cheiro de pólvora e estava completamente suja, com móveis revirados e lama no chão.
Na madrugada desta quinta-feira (14), a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) foi até a residência de Francisco. A CNN apurou que uma equipe antibomba encontrou na casa “muitos” explosivos prontos para detonação. Se os agentes estivessem descaracterizados, os artefatos teriam possivelmente explodido.
Nota de 1 dólar deixada à vizinha
A casa onde Francisco se hospedou, em Ceilândia, cidade satélite de Brasília, pertencia a um lote com diversas residências que também são alugadas.
Sua vizinha de porta, Dayana Alves, relatou que o homem havia chegado a cerca de três meses e pagava o aluguel normalmente.
De acordo com a mulher, Francisco também entregou uma nota de 1 dólar a ela e pediu que guardasse a cédula, dizendo que um dia valeria muito.
Ele ainda assinou a nota, acrescentando seu nome e a data de 15 de outubro – quando o objeto foi entregue à inquilina.
A vizinha descreveu Francisco como um homem tranquilo e comunicativo, afirmando que “jamais” imaginaria que ele fosse capaz de cometer um ato como esse.
