O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil aumentou, passando de 0,754 para 0,760, patamar considerado elevado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), responsável pela divulgação do indicador. Os novos dados foram apresentados nesta quarta-feira, 13. A organização aponta que há recuperação global após a crise da covid-19, mas ainda de forma desigual e impactada pela “polarização política”.

O IDH varia de 0 a 1. Quanto mais próximo o índice estiver de 1, melhor a pontuação do país. Antes da pandemia, o IDH do Brasil chegou a 0,766, mas houve queda diante dos impactos socioeconômicos da pandemia. Agora, o patamar voltou a subir, sobretudo por conta do aumento da expectativa de vida.

Ainda assim, o País caiu duas posições no ranking global de desenvolvimento da ONU, passando de 87º, em 2021, para 89º, em 2022, dado mais recente disponível e último da gestão Jair Bolsonaro (PL).

O Brasil fica à frente de outros países sul-americanos, como Colômbia e Equador, mas atrás de vizinhos como Uruguai (58º) e Argentina (47º).

A média do indicador na América Latina é de 0,763, ligeiramente acima do brasileiro. O ranking é liderado por Suíça, Noruega e Islândia. Os EUA aparecem na 20ª colocação, enquanto a China em 75ª e a Índia, em 134º.

O IDH é uma medida do progresso a longo prazo em três dimensões básicas do desenvolvimento humano: renda, educação e saúde. A escala vai de 0 a 1, sendo que, quanto mais próximo o índice estiver de 1, melhor é a qualidade de vida naquela nação.

Divulgado desde 1990, o relatório anual é uma das principais e mais influentes publicações da ONU.

As Nações Unidas destacam recuperação no período pós-pandemia, mas anda de modo muito desigual. “Todos os anos, alguns países diferentes apresentam quedas nos respetivos valores de IDH, no entanto, 90% dos países viram o seu valor de IDH cair quer em 2020 quer em 2021, excedendo largamente o verificado na sequência da crise financeira mundial”, afirma.

“O ano passado assistiu a alguma recuperação a nível mundial, mas foi parcial e desigual: a maioria dos países com IDH muito elevado registou melhorias, enquanto a maioria dos restantes registou declínios contínuos”, continua a entidade.