Pular para o conteúdo
Brasil

Grande SP ainda tem 36 mil clientes sem energia elétrica

Enel diz que número é muito próximo da operação normal
Agência Brasil -
Guilherme Lencastre, presidente da Enel São Paulo
Guilherme Lencastre, presidente da Enel São Paulo ( Reprodução/Youtube/Enel Brasil )

A Grande tem ainda cerca de 36 mil clientes sem , segundo a concessionária Enel. A região sofreu um , iniciado na última sexta-feira (11), após um temporal. Em coletiva de imprensa na manhã de hoje (17), o presidente da Enel, Guilherme Lencastre, disse, no entanto, que o número é muito próximo da operação normal – quando não há incidência de eventos climáticos intensos.

“Neste momento, estamos com 36 mil clientes sem energia, isso significa uma operação muito próxima da normalidade do nosso negócio. Nós temos 8,2 milhões de clientes. Numa operação normal, esse número oscila inclusive entre esse patamar 36 [mil] ou até um pouco mais”, disse Lencastre.

Ele apresentou dados que revelam um total de 3,1 milhões clientes atingidos pelo apagão. A rede afetada inclui 17 linhas de alta tensão, 11 subestações, 221 circuitos de média tensão, 105 transformadores, 251 postes e 1.492 ocorrências com vegetação.

“Durante as primeiras 24 horas, tivemos uma recuperação aproximada de 79%. No ano passado, a gente chegou a ter uma boa recuperação, mas de 57 a 58%. É importante dizer que essa situação, de fato, foi muito atípica. Ano passado também foi atípico. Essa recuperação em comparação com o ano passado foi melhor”, apontou. Em novembro do ano passado, a Grande São Paulo sofreu um apagão também por conta de chuvas intensas.

“Nós continuamos com nossa força de trabalho mobilizada, atuando em campo. É possível que existam casos de clientes mais antigos e esses são os prioritários que nós vamos restabelecer a partir de agora. Estamos mantendo a operação como se ainda estivéssemos em crise, apesar de não estarmos mais em crise”, acrescentou.

Investimentos

O presidente da Enel avalia que há necessidade de investimento para a rede elétrica. “As redes de São Paulo são antigas, foram construídas há décadas atrás, quase 100 anos, e, durante essa construção, o planejamento foi feito de uma maneira, e os investimentos foram feitos de uma forma em que a rede tem as suas características próprias. Todas as redes precisam de investimentos massivos de longa maturação”, disse.

Ele defendeu que haja incentivos para que as concessionárias invistam na resiliência da rede, no contexto das mudanças climáticas e eventos extremos, e que o contrato de concessão precisa ser modernizado.

“Estamos fazendo projetos específicos para a resiliência de rede em alguns bairros para mostrar um piloto de como pode ser, quais são os efeitos, como a gente pode ter uma rede mais resiliente, mas isso precisa ser endereçado no nosso contrato de concessão. A realidade é que o setor de distribuição no inteiro precisa ter um olhar mais construtivo. Essa é uma estrutura essencial para a população e para a sociedade”, observou.

“A gente sabe, com experiências do mundo todo, que todos estão buscando planejar melhor a resiliência das redes, por vários estudos. Esses estudos passam, inclusive, por melhor previsão climática. A previsão climática passa a ser essencial para ter uma maior previsibilidade, maior prontidão. Investimento em resiliência passa por um processo de investimento da companhia, mas também de adaptação de todos, da sociedade, dos órgãos públicos e da companhia”, comentou o presidente da Enel.

Lencastre afirmou que a empresa tem investido em reforçar a rede e torná-la mais flexível, a fim de ter novos caminhos para levar essa energia ao cliente, caso tenha uma interrupção. “Você precisa reforçar a rede. Muita gente fala de rede subterrânea. Isso também é uma possibilidade? Sim, mas não é uma solução simples”, argumentou. Segundo ele, uma rede subterrânea custa dez vezes mais do que uma rede aérea.

“Para que tudo isso seja feito, o nosso contrato precisa ser modernizado. Os contratos de concessões foram pensados e foram viabilizados há décadas, em uma circunstância onde o cenário era totalmente diferente, principalmente com relação aos eventos climáticos”, defendeu. “Essa intensidade [dos eventos climáticos] tem atingido e impactado muito a nossa rede. A modernização dos contratos é importante para que tenhamos flexibilidade. Precisamos ter incentivos para investimento em resiliência. O atual contrato não traz esse incentivo”, acrescentou.

💬 Receba notícias antes de todo mundo

Seja o primeiro a saber de tudo o que acontece nas cidades de Mato Grosso do Sul. São notícias em tempo real com informações detalhadas dos casos policiais, tempo em MS, trânsito, vagas de emprego e concursos, direitos do consumidor. Além disso, você fica por dentro das últimas novidades sobre política, transparência e escândalos.
📢 Participe da nossa comunidade no WhatsApp e acompanhe a cobertura jornalística mais completa e mais rápida de Mato Grosso do Sul.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Motta anuncia formalmente grupo de trabalho da reforma administrativa

São Paulo goleia para assumir 3ª colocação do Brasileiro Feminino

Motorista de caminhonete é baleado por ladrões em tentativa de assalto

Ciclista morre em acidente envolvendo carreta bitrem

Notícias mais lidas agora

sed operação reinaldo

Licitações da gestão de Reinaldo na SED-MS foram alvo de quatro operações da PF por fraude

sed

LISTA: Alvos da PF vão de empresários a ex-servidores da SED em MS

repasse investimento milionários empresa

Consórcio repassa investimentos milionários para empresas de fora, revela ex-diretor da Agereg

Lideranças políticas de MS participam da Marcha dos Prefeitos

Últimas Notícias

Brasil

Senado aprova projeto que simplifica licenciamento ambiental; texto vai à Câmara

Lei Geral do Licenciamento Ambiental é esperada pelo setor produtivo

Brasil

Câmara aprova projeto sobre reajuste salarial de servidores

O texto agora vai para o Senado

Polícia

Grupo de WhatsApp com ataques racistas à estudante vira caso de polícia em Campo Grande

Caso foi denunciado na delegacia

Polícia

Motorista que levava 37 Kg de cocaína de Campo Grande a São Paulo é preso na BR-262

Os agentes abordaram um Citroen C3, na BR-262