Uma mulher, que reside na região de Vila Nova II, zona rural de Baraúna, no Rio Grande do Norte (RN) afirmou à polícia que avistou na última quinta-feira (29) Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, fugitivos do presídio federal de segurança máxima, localizado em Mossoró (RN).

A fuga dos detentos, que integram o Comando Vermelho, principal facção criminosa do Rio de Janeiro, aconteceu há pouco mais de duas semanas, no dia 14 de fevereiro. 

A moradora, que estava acompanhada de crianças, disse que viu a dupla com roupas sujas enquanto comiam bananas em uma plantação. Assustada, ela pediu socorro e os detentos fugiram para o matagal, segundo o Terra Brasil Notícias. O policiamento foi reforçado na região. 

Há indícios que os dois fugitivos estavam próximo à divisa entre RN e o Ceará, quando começaram a retornar, percorrendo cerca de 8 quilômetros em direção ao presídio de onde haviam fugido. 

Deibson e Rogério ficaram cerca de oito dias escondidos em uma casa isolada na cidade de Três Veredas, a aproximadamente 10 quilômetros de Baraúna. Eles foram vistos pela última vez em uma plantação de bananas e milho, onde as autoridades policiais concentraram as buscas, cercando toda a área. 

Um homem, suspeito de ajudar na fuga da dupla, foi preso na última quinta em Fortaleza (CE). Ele seria um cúmplica importante dos fugitivos. Seis pessoas já foram detidas desde o início das buscas, que estão no 19º dia, e a polícia suspeita que hajam mais envolvidos. 

A fuga

Deibson Cabral Nascimento e Rogerio da Silva Mendonça, integrantes do Comando Vermelho e oriundos do sistema penitenciário do Acre, foram os dois primeiros a conseguirem escapar de uma unidade federal, modelo existente desde 2006. Esse tipo de penitenciária é o que abriga detentos líderes de facções como Comando Vermelho (CV) e Primeiro Comando da Capital (PCC). No total, são cinco presídios desse modelo no País: além de Mossoró, há unidades em Catanduvas (PR), Campo Grande, Porto Velho e Brasília. A do Paraná foi a primeira, inaugurada em junho de 2006.

Os fugitivos são de alta periculosidade e são encarregados por matar pessoas no ‘Tribunal do Crime’ da facção, no Acre.