O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) finalizou, nesta segunda-feira (12), a ação inicial de investigação e remoção de partes da aeronave que caiu em Vinhedo (SP) com 62 pessoas a bordo. Agora, a companhia aérea Voepass e a seguradora vão assumir o local da queda para fazer o recolhimento de objetos pessoais das vítimas e entregá-los às famílias.

A informação foi confirmada pela Defesa Civil nesta segunda. De acordo com o diretor Maurício Barone, os pertences pessoais dos 58 passageiros e quatro tripulantes mortos no maior desastre aéreo do país desde 2007 também vão passar por análise da Polícia Civil, que, junto com a Polícia Federal, atua na investigação do acidente.

Ainda segundo a Defesa Civil de Vinhedo, o trabalho de remoção total dos destroços do avião, que também será realizado pela companhia aérea, só vai acontecer depois da retirada dos objetos pessoais. A previsão de conclusão é entre quarta (14) e quinta-feira (15).

Conforme a FAB (Força Aérea Brasileira), agora, depois da conclusão da “ação inicial” no local, o Cenipa mantém as investigações para “seguir com o levantamento de outras informações necessárias, a fim de identificar os possíveis fatores contribuintes”.

O Cenipa, além de representantes do Escritório de Investigações e Análises para a Segurança da Aviação Civil da França, país onde a aeronave modelo ATR-72 foi fabricada, fizeram a retirada dos dois motores do avião, que serão analisados em São Paulo. Além disso, as asas e a calda também já foram içados.

O Cenipa também informou que conseguiu extrair todo o conteúdo das duas caixas-pretas retiradas do avião. O órgão prevê divulgar, em até 30 dias, o relatório preliminar sobre as causas do desastre aéreo.