Pular para o conteúdo
Brasil

Ameaçado de morte por usar notebook em padaria é preso pela PF por suspeita de fraude

A investigação começou a partir de denúncias anônimas recebidas por um canal da PF em Itajaí-SC específico para denúncias sobre pirâmides financeiras
Agência Estado -
Compartilhar
Operação da Polícia Federal (Foto: Divulgação, PF)

O empresário ameaçado de morte por usar um notebook numa padaria de Barueri, em 31 de janeiro, foi preso na terça-feira, 27, em Curitiba, suspeito de integrar uma quadrilha especializada em fraudes com o uso de criptomoedas. Alan Deivid de Barros, conhecido como Allan Barros, foi um dos alvos da Operação Fast, realizada pela Polícia Federal (PF).

Segundo a PF, a quadrilha tem sede em Balneário Camboriú (SC) e fez 22 mil vítimas, que no total perderam cerca de R$ 100 milhões. A investigação começou a partir de denúncias anônimas recebidas por um canal da PF em Itajaí-SC específico para denúncias sobre pirâmides financeiras.

Os policiais afirmam que a estratégia dos criminosos era oferecer uma criptomoeda criada por eles, lançada durante feira de criptoativos em Dubai, e que teria um rendimento muito alto.

Depois o grupo passou a atuar na comercialização de franquias de mobilidade urbana. A PF afirma que os integrantes continuam divulgando essas franquias.

Foram cumpridas ordens de prisão e de busca e apreensão nos municípios de Itajaí, Balneário Camboriú, Londrina e Curitiba – Barros foi preso na capital paranaense. Também foram executadas medidas de sequestros e bloqueios de bens de cinco pessoas e três empresas.

Conforme a PF, o grupo vai responder pela prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A pena máxima total pode chegar a 28 anos de prisão.

A reportagem tenta localizar representantes de Barros para que se pronunciem sobre a prisão.

À TV CNN, o advogado Leonardo Bueno Dechatnik, que defende o empresário, negou qualquer irregularidade e, em nota, afirmou estar “comprometido em demonstrar a inocência de nosso cliente e esclarecer os fatos, sempre respeitando o processo legal e colaborando com as autoridades para a justa resolução deste caso”.

O caso do notebook

Em 31 de janeiro, Barros registrou boletim de ocorrência na delegacia de Barueri, nA grande SP, após ser ameaçado de morte durante uma discussão. Ele estava usando seu notebook dentro de uma padaria, após comprar um café e um lanche, quando foi advertido de que o uso do equipamento eletrônico era proibido.

No auge da discussão, um homem identificado como o dono do estabelecimento comercial faz ameaças ao cliente: “eu vou te achar, vou pegar vocês dois. Se eu vir essa filmagem em algum lugar, vou matar vocês”. A polícia foi chamada e o caso foi parar na delegacia.

Na ocasião, procurados pela reportagem, representantes da padaria onde ocorreu a confusão não se manifestaram.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Durante chuva forte em Campo Grande, asfalto cede e abre ‘cratera’ na Avenida Mato Grosso

Bebê que teve 90% do corpo queimado após chapa de bife explodir morre na Santa Casa

Com alerta em todo o Estado, chuva forte atinge Campo Grande e deixa ruas alagadas

Tatuador que ficou cego após ser atingido por soda cáustica é preso por violência doméstica

Notícias mais lidas agora

Menino de 4 anos morre após tomar remédio controlado do pai em Campo Grande

Pedágios

Pedágio em rodovias da região leste de MS fica 4,83% mais caro a partir do dia 11 de fevereiro

Vítimas temem suposta pressão para abafar denúncias contra ‘fotógrafo de ricos’ em Campo Grande

Morto por engano: Trabalhador de usina foi executado a tiros no lugar do filho em MS

Últimas Notícias

Política

‘CPI do Consórcio Guaicurus’ chega a 10 assinaturas e já pode tramitar na Câmara

Presidente da Câmara, Papy (PSDB) não assinou pedido da CPI após defender mais dinheiro público para empresas de ônibus em Campo Grande

Cotidiano

Decisão de Trump de taxar aço pode afetar exportação de US$ 123 milhões de MS

Só em 2024, Mato Grosso do Sul exportou 123 milhões de dólares em ferro fundido para os EUA

Transparência

MPMS autoriza que ação contra ex-PGJ por atuação em concurso vá ao STJ

Ação pode anular etapa de concurso por participação inconstitucional de Magno

Política

Catan nega preconceito após Kemp pedir respeito à professora trans

Fantasia de ‘Barbie’ da professora não foi considerada exagerada por outros deputados