Padre autor de mosaico no Santuário de Aparecida é expulso após denúncias de abuso sexual
Denúncias de abuso sexual e psicológico remontam ao início da década de 1990
Agência Estado –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
O padre esloveno Marko Ivan Rupnik, conhecido por ser o autor de mosaicos em igrejas em várias partes do mundo – entre elas, o Santuário Nacional de Aparecida do Norte (SP) -, foi expulso da Companhia de Jesus, ordem religiosa a qual pertencia. A demissão ocorre após uma série de acusações de abuso sexual feitas contra o jesuíta.
Em carta assinada pelo conselheiro-geral da Companhia de Jesus, Johan Verschueren, a expulsão do padre é atribuída à “sua recusa obstinada em observar o voto de obediência”. Rupnik agora tem 30 dias para apelar da decisão. Após esse período, a expulsão será definitiva.
Aos membros da companhia, a qual pertence o Papa Francisco, Verschueren afirmou que Rupnik recebeu “uma última chance” de fazer as pazes com “seu passado” e “dar um sinal claro para as pessoas afetadas que estavam testemunhando contra ele” e entrar no “caminho da verdade”. Segundo o conselheiro, ele a rejeitou.
As denúncias de supostos episódios de abuso sexual e psicológico remontam ao início da década de 1990, e envolvem freiras da comunidade eslovena Loyola de Ljubljana, fundada por um religioso de quem Rupnik era amigo e pai espiritual.
Há alguns meses, quando estouraram as denúncias, os jesuítas afirmaram que Rupnik havia sido sancionado com algumas restrições após uma investigação de abuso sexual e psicológico.
Segundo eles, o departamento responsável por processos em matéria de abuso sexual recebeu uma denúncia em 2021 contra o padre “sobre sua maneira de realizar seu ministério”.
Na época, a Companhia de Jesus foi incumbida de abrir um investigação preliminar e, “depois de estudar o resultado, o Dicastério considerou que os fatos em questão deveriam ser considerados extemporâneos e, portanto, encerrou o processo no início de outubro de 2022”.
Posteriormente, soube-se que outra investigação havia sido aberta contra Rupnik, conhecido sobretudo pela sua faceta de artista, por ter supostamente ter “absolvido uma mulher com quem teve relações sexuais durante a confissão”.
Com os novos desdobramentos, a Companhia de Jesus decidiu pela expulsão de Rupnik.
Em nota, o Centro Aletti, ateliê fundado por Rupnik, afirmou que o próprio padre já havia pedido para deixar a Companhia de Jesus em janeiro deste ano, uma vez que “a confiança em seus superiores se deteriorou”.
O comunicado diz ainda que o padre é alvo de “acusações difamatórias e não comprovadas”.
Notícias mais lidas agora
- Em alerta, Rio Taquari está 70 cm acima do nível normal e chuvas elevam risco de inundações em Coxim
- Branco de novo? Busca por ‘lookinhos’ para Réveillon se torna desafio em Campo Grande
- Operação Natal: mortes nas rodovias federais de MS reduziram 66% em comparação com o ano de 2023
- Criança de 10 anos morre depois de ser atropelada por motorista bêbado em MS
Últimas Notícias
Moraes diz que Daniel Silveira foi a shopping e pede explicações
Ex-deputado foi preso terça-feira ao descumprir regras da condicional
Após discussão por atraso na entrega da filha, homem é agredido e ameaçado de morte em Campo Grande
O caso aconteceu no dia 22 de dezembro, no bairro Jardim Batistão, após uma discussão por conta de um atraso na entrega da filha
Assunção entra na disputa pelo Pan 2031 e coloca pressão no COB
A escolha da sede dos Jogos Pan-Americanos de 2031 será anunciada em agosto de 2025
Homem é encaminhado para a delegacia após violação de domicílio na Mata do Jacinto
Às autoridades, ele informou estar fugindo de pessoas com as quais possui dívidas por drogas
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.