O presidente Luiz Inácio da Silva reiterou nesta sexta-feira o compromisso do seu governo em ampliar a demarcação de terras indígenas no País, um compromisso de campanha. Nesta sexta, o presidente inaugurou as homologações dos territórios, que estavam travadas desde 2018.

De acordo com o petista, ele vai trabalhar muito para fazer o maior número de demarcações possível porque a população indígena brasileira cresceu.. “Quero não deixar nenhuma que não seja demarcada nesse meu mandato. É um compromisso que eu tenho”, afirmou Lula no Acampamento Terra Livre (ATL) em Brasília. “Nós queremos, ao terminar nosso mandato, indígenas brasileiros respeitados e tratados com toda a dignidade que o ser humano merece”, seguiu, prometendo mais médicos e oportunidades para esses povos.

Lula afirmou que precisará dos indígenas cuidando das florestas para atingir a meta de desmatamento zero na Amazônia até 2030. “Temos de convencer a sociedade brasileira de que a árvore em pé produz mais do que tentar derrubar para plantar soja”, declarou o presidente, em um discurso inflamado que arrancou aplausos dos presentes em Brasília. Ele estava acompanhado por ministros como Sônia Guajajara (Povos Indígenas), (Meio Ambiente), Esther Dweck (Gestão),

“Quando dizem que vocês ocupam 14% do território nacional, passando a ideia de que é muita terra para os povos indígenas, temos que responder que antes dos portugueses chegarem aqui, vocês ocupavam 100% do território”, declarou Lula, que mostrou a disposição do governo em trabalhar em um plano de carreira para a Fundação Nacional dos Indígenas (Funai). “A gente não pode deixar repetir o que aconteceu com os yanomamis”, acrescentou, em referência às ações do governo junto ao povo yanomami que passava por uma crise humanitária em janeiro.