Pular para o conteúdo
Brasil

Governo avalia enviar Forças Armadas ao Rio e criar Ministério da Segurança

Ideia do presidente é trabalhar em conjunto com o governo estadual do Rio
Agência Estado -
Presidente Lula em live nos canais oficiais do governo (Reprodução)

Após a maior ação das milícias contra o transporte público e depois do envio de 300 agentes da e 270 policiais rodoviários federais para reforçar a segurança no Rio, o governo federal estuda enviar mais integrantes das para o Estado. Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que avalia a hipótese de criar o Ministério da Segurança Pública, pasta separada da Justiça, conforme explicou no programa semanal Conversa com o Presidente, do Canal Gov.

Segundo Lula, o governo federal analisa como interagir com os governos estaduais, que são legalmente responsáveis pela segurança. “Vamos discutir como é que a gente pode participar mais, como acionar mais a PF (Polícia Federal), como pode fortalecer a Força Nacional, como pode utilizar as Forças Armadas participando como força auxiliar, sem passar a ideia para a sociedade de que Forças Armadas foram feitas para combater o crime organizado. Não é esse o papel das Forças Armadas e não vamos fazer isso”, disse Lula. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, também confirmou que está em estudo um ministério para cuidar exclusivamente da Segurança Pública.

Detalhe

Em relação ao uso das Forças Armadas no Rio, não se trata de fazer nova intervenção federal, como a que foi decretada em fevereiro de 2018 por Michel Temer. Segundo o presidente Lula e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, os integrantes das Forças Armadas teriam a função de complementar o policiamento, que continuaria sob o comando do Estado. Durante a intervenção, o general Walter Braga Netto foi nomeado secretário de Segurança.

“Está em debate nesse momento no governo (…) o eventual ingresso das Forças Armadas (na segurança pública do ), com papel complementar. Nós não podemos e não vamos substituir o papel do governo do Estado, em respeito à Constituição, à autonomia federativa, mas nós estamos apoiando, e a diretriz do presidente Lula é aumentar esse apoio, quem sabe até, nos próximos dias, com a participação das Forças Armadas para nos ajudar nesse trabalho, complementar aquilo que as forças policiais vêm fazendo”, afirmou o ministro.

“Nós não queremos pirotecnia, não queremos fazer uma intervenção no como já foi feito e que não resultou em nada”, afirmou Lula. “Nós não queremos tirar a autoridade do governador, tirar a autoridade do prefeito. O que nós queremos é compartilhar com eles, trabalhar junto com eles uma saída.” O presidente ainda afirmou que “esse governo não vai se esconder e dizer que é só problema dos Estados”. “Eu já conversei com o Flávio Dino e vou conversar com o Múcio (Defesa). Vamos usar a estrutura dos Ministérios da Justiça e da Defesa para ajudar a combater o crime organizado e a milícia no Rio.”

As medidas são anunciadas após uma série de ataques de milicianos queimarem 35 ônibus, e paralisarem linhas de ônibus e trens, supostamente como represália após a morte do sobrinho de um dos líderes da organização. Pesquisas internas mostraram desgaste do governo com o tema da segurança pública. Os sucessivos problemas de segurança na Bahia e no Rio, apesar de serem questões estaduais, vêm pressionando o governo federal a agir.

Força-tarefa

No fim da tarde, o secretário executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, que está no Rio, reuniu-se com o governador Cláudio Castro (PL) e debateu uma proposta, apresentada por Castro, para criar uma força-tarefa especializada em identificar e confiscar os bens das facções criminosas.

“Seria um grupo de inteligência, composto por órgãos estaduais e federais, para enfrentar os crimes financeiros e de lavagem de dinheiro. As organizações criminosas utilizam técnicas variadas para lavar o dinheiro, e asfixiar financeiramente essas organizações, é decisivo para desmontar essas quadrilhas”, disse o secretário. Além dos agentes da Força Nacional e da Polícia Rodoviária Federal, estão no Rio 20 policiais civis voltados a investigar pessoas ligadas ao crime organizado ou ao tráfico de drogas e de armas.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Campanha ‘Seu Abraço Aquece’ arrecada 230 cobertores e mais de 200 peças de roupas

Senado aprova projeto que simplifica licenciamento ambiental; texto vai à Câmara

Câmara aprova projeto sobre reajuste salarial de servidores

Grupo de WhatsApp com ataques racistas à estudante vira caso de polícia em Campo Grande

Notícias mais lidas agora

sed operação reinaldo

Licitações da gestão de Reinaldo na SED-MS foram alvo de quatro operações da PF por fraude

sed

LISTA: Alvos da PF vão de empresários a ex-servidores da SED em MS

repasse investimento milionários empresa

Consórcio repassa investimentos milionários para empresas de fora, revela ex-diretor da Agereg

Motorista que levava 37 Kg de cocaína de Campo Grande a São Paulo é preso na BR-262

Últimas Notícias

Trânsito

Caminhoneiro morre ao colidir em  estrutura de ponte inacabada nas margens da BR-163

Motorista perdeu o controle da direção

Esportes

Corinthians depende de Yuri Alberto de novo, vence Novorizontino e avança na Copa do Brasil

Contou com Yuri Alberto para vencer por 1 a 0 na noite desta quarta

Polícia

Condenada, mulher é presa em Amambai por estupro de vulnerável

Cumprimento a mandado de prisão definitiva

Esportes

Bia Haddad emplaca 2ª vitória e avança às quartas em Estrasburgo

O torneio em piso de saibro antecede Roland Garros, segundo Grand Slam da temporada