Vídeo que circula nas redes sociais mostra crueldade feita contra um dos mais belos felinos do mundo, a onça pintada. Neste caso, as imagens mostram um filhote amarrado, que estaria ao lado da suposta mãe e irmão. Pouco antes, dois animais teriam sido decepados e o sobrevivente é obrigado a ficar ao lado das demais onças mortas.

A atitude de caçadores foi divulgada em vários perfis no Instagram, entre eles o Pescadores MS, no qual o empresário Bruno Girotto, de 36 anos, é o administrador. “É uma tristeza sem tamanho ver isso e acredito que a postagem é para chamar atenção para o problema. Já passou da hora de acabar, tinha que ter leis mais rigorosas em relação a esse tipo de animal e também a pesca predatória”, afirmou.

Conforme Girotto, que pratica a pesca esportiva há 15 anos, uma atitude desta causa enorme tristeza. “A gente fica triste demais. Eu já tive a oportunidade de ver, várias vezes, onça pintada na pescaria, o que é o sonho de muita gente. E, por causa deste tipo de atitude, é que fica cada vez mais difícil. Foi justamente por isso que postei. Com o alcance da página, pode ajudar a encontrar e punir os responsáveis”, argumentou.

Crueldade e indignação

Na legenda, o empresário usa o termo “crueldade” e ressalta que possui o dever de fazer tal postagem, com a intenção de localizar os responsáveis. O vídeo foi um repost do biólogo Roberto Cabral, que reside no estado de Minas Gerais. Também indignado com a situação, diz que sempre lutou contra caçadores e que o vídeo “explica por si só”.

“Imaginem: sua mãe é morta na sua frente, depois cortam sua cabeça e colocam na sua cara, seu irmão também é decepado e sua cabeça mostrada a você. Qual nível de psicopata você consideraria alguém que fizesse isso? Qual nível de crueldade e agressão? O filhote está amarrado. Será/foi torturado”, lamentou.

VÍDEO: CENAS FORTES

Pena branda

Ainda de acordo com Cabral, é possível que os caçadores não tenham nenhuma punição. No caso deste crime, que é a caça sem permissão, a pena varia de seis meses a um ano. “E, na prática, ninguém vai preso”, complementou.

Quem souber informações sobre os criminosos, pode entrar em contato com a Linha Verde, do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), pelo telefone 0800 061 8080.

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