Confederações dos Municípios é contra reajuste de professores e considera impacto ‘ingovernável’

Manifestação ocorreu após Ministério da Educação anunciar o reajuste do salário base dos professores para R$ 4,4 mil

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Aulas da rede municipal volta em 8 de fevereiro. (Foto: Arquivo, Midiamax)

A CNM (Confederação Nacional dos Municípios) criticou o novo piso salarial dos professores e orientou os prefeitos do país a não seguirem o aumento anunciado pelo Governo Federal. O posicionamento da confederação aconteceu nesta terça-feira (17).

A manifestação da CNM ocorreu após o MEC (Ministério da Educação) anunciar o reajuste do salário base dos professores de 3.845,63 para R$ 4.420,55.

Vale lembrar que o valor é definido pelo Governo Federal, mas os Governos Municipais e Estaduais realizam o pagamento.

Para o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, o impacto do reajuste torna ingovernável.

“Estamos orientando os municípios a não concederem, por mais que entendamos como importante. Esse montante inviabiliza a educação no Brasil. Aí, nós vamos ver o MEC apresentando grandes projetos para salvar a educação no Brasil, enquanto tira esse valor dos municípios”, declarou.

Esse é o segundo ano em que Ziulkoski possui o mesmo posicionamento.

Para a CNM, o custo do reajuste deve impactar a gestão educacional no Brasil e agravar a situação fiscal dos municípios. Ziulkoski estima que o aumento do piso custe R$ 19,4 bilhões anualmente aos municípios

“É importante, sim, o piso, mas sabemos que não é assim [que deve ser concedido]. Tem que ter o piso, tem que valorizar o magistério, mas não desse jeito”, declarou.

“Se o município quiser cumprir, dar 80% de reajuste, ele pode. Agora, se isso vai acabar com a educação, com as contas públicas dele, é problema dele”, finalizou.

*Com informações do G1.

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