A polícia civil prendeu, na madrugada desta segunda-feira (16), três militares da e o proprietário de um ferro-velho, no Rio de Janeiro. Eles são suspeitos de sequestro, assassinato e ocultação de cadáver.

Renato Couto, de 41 anos, foi assassinado na última sexta-feira (13). O motivo do crime teria sido uma discussão entre o agente e o dono do ferro-velho, acusado de receptar materiais furtados de uma obra do perito.

Segundo as investigações policiais, após a discussão, Lourival Ferreira de Lima — dono do espaço — prometeu devolver a Renato os valores dos produtos furtados e chamou o filho, identificado como Bruno Santos de Lima, supervisor do Setor de Transporte do 1º Distrito Naval.

Bruno chegou ao estabelecimento com um carro da Marinha, mas estava descaracterizado, ao chegar ao local ele agrediu Renato e disparou contra a perna dele. O militar estava acompanhado de outros dois agentes das — Manoel Vitor Silva Soares e Daris Fideles Motta.

Os três militares sequestraram a vítima. Dentro do veículo, mais um tiro foi disparado contra o perito que teve o corpo arremessado no Rio Guandu, na altura de Japeri, na Baixada Fluminense.

De acordo com o Portal UOL, os envolvidos confessaram o crime e foram reconhecidos por testemunhas que presenciaram o fato. Segundo ele, os militares ainda lavaram duas vezes o carro — na tentativa de eliminar os resquícios de sangue.

Trata-se de um crime bárbaro, chocante. A gente lamenta que militares das Forças Armadas tenham se envolvido nisso. Eles tentaram ainda lavar o carro após a desova do corpo. Lavaram duas vezes: uma em um lava jato perto do local, em Austin, Nova Iguaçu [Baixada Fluminense] e outra na garagem do próprio distrito naval, onde os três serviam. Chegaram a usar cloro“, informou o delegado.

Segundo nota da Marinha, “os militares envolvidos foram presos em pela polícia e responderão pelos seus atos perante a Justiça“. Eles também informaram que “tomaram conhecimento, na noite de sábado (14) sobre uma ocorrência, com vítima, envolvendo militares da ativa do Comando do 1º Distrito Naval, objeto de inquérito policial no âmbito da Justiça comum”.