O da Economia informou, em nota, neste sábado, que aumentou em R$ 665,2 milhões o valor autorizado para empenhos até novembro para todas as universidades, institutos federais e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

A liberação ocorre após demanda encaminhada pelo Ministério da . De acordo com a Economia, com esses recursos as instituições terão toda a dotação orçamentária disponível. A pasta alega que a medida “Não se trata de um desbloqueio, já que não havia valores bloqueados nessas instituições”.

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), porém, disse que o último bloqueio anunciado pelo governo terá um impacto de R$ 328,5 milhões nas universidades federais. Segundo a entidade, somado ao contingenciamento anterior, o bloqueio de recursos orçamentários das universidades totaliza R$ 763 milhões.

Como mostrou reportagem, o ministro da Educação, Victor Godoy, anunciou ontem (7), em vídeo postado no Twitter, a liberação de recursos para universidades, institutos federais e a Capes. O anúncio do bloqueio na semana passada provocou forte reação das instituições afetadas, da oposição e de integrantes da sociedade civil.

Segundo Godoy, a decisão foi tomada após uma conversa entre ele e o ministro da Economia, Paulo Guedes. O ministro da Educação, no entanto, não detalhou o valor liberado.

Bloqueio – O governo publicou o decreto de contingenciamento de R$ 2,6 bilhões em 30 de setembro. Em meio à campanha eleitoral, o detalhamento dos ministérios prejudicados pelo congelamento de despesas não foi apresentado pelo Ministério da Economia e tem sido chamado de “bloqueio secreto”

Depois de dirigentes de universidades federais reclamarem do corte orçamentário feitos pelo governo às vésperas da eleição, o Ministério da Economia afirmou que o valor atualmente bloqueado do Orçamento do é de R$ 1,3 bilhão.

Esse montante é menor do que o informado por outros órgãos – nesta quinta-feira, 6, a Instituição Financeira Independente (IFI), do Senado, divulgou que a pasta continua com R$ 3 bilhões do Orçamento deste ano indisponíveis para serem utilizados em despesas discricionárias (que não são obrigatórias).

Após os cortes, a Andifes descreveu a situação como de “colapso” e disse que as universidades não conseguem mais respirar em um contexto no qual estima que o orçamento caiu pela metade em menos de sete anos, ao considerar a inflação.

Somente em 2022, foram dois cortes de recursos, que afetaram 7,2% do total, redução que chega a cerca de 13% quando somada ao contingenciamento anunciado na última sexta-feira.