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Brasil

Acusado de matar enteado de apenas 4 anos, ex-vereador Jairinho diz: ‘nunca encostei em uma criança na minha vida’

Ele está depondo em uma audiência de instrução do 2º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro
Ranziel Oliveira -
Interrogatório do ex-vereador Jairo Souza Santos Junior no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Um dos acusados pela morte do menino Henry Borel, de apenas 4 anos, o ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho, negou com veemência qualquer agressão contra o menino durante audiência nesta segunda-feira (13). Ele está depondo em uma audiência de instrução do 2º Tribunal do do .

“Eu sou inocente. Eu não fiz isso”, disse em mais de uma ocasião durante a primeira parte do depoimento, que até a parada para o almoço já durava cerca de 1h30. “Em dois períodos em que me acusam de agredir, de torturar o Henry, ele estava passando por tratamento com uma psicóloga infantil. Ela é especializada nisso, se houvessem as agressões ela iria saber”, defendeu-se.

Durante sua fala, Jairinho discorreu sobre sua vida pessoal e convívio com a família. Ele disse que ao longo de sua vida sempre acolheu crianças em casa, inclusive menores do que Henry. “Eu, definitivamente, juro por Deus que nunca encostei em uma criança na minha vida”, sustentou.

Por mais de uma vez, ele insistiu que o delegado Henrique Damasceno, que conduziu o inquérito que o indiciou pela morte de Henry, se negou a ouvir testemunhas indicadas por ele – e que, segundo Jairinho, serviriam para mostrar seus cuidados com crianças.

O ex-vereador declarou que possuía “ciúmes mútuos” de Monique Medeiros, de Henry e que também é acusada pelo crime. Apesar disso, Jairinho garantiu que a relação entre eles era muito positiva. “Todos os meus momentos com a Monique foram muito felizes. Não tenho nada a falar sobre ela, como mãe e como mulher”.

Adiamento

Antes da audiência desta segunda, o advogado Cristiano Medina da Rocha, que atua como assistente de acusação, afirmou que a defesa tenta adiar ao máximo uma decisão da Justiça como forma de garantir “presença na mídia”.

“O conjunto probatório já foi todo produzido. Os requerimentos da defesa são meramente protelatórios, não há necessidade alguma da oitiva dessas novas testemunhas”, disse Medina. “Tenho plena convicção de que as provas estão totalmente uníssonas no sentido de apontar que o Jairo é, realmente, um assassino frio e calculista.”

De fato, os defensores de Jairinho tentaram adiar novamente o depoimento por meio de uma liminar, que foi negada pelo Tribunal de Justiça. Com isso, o advogado Cláudio Dalledone afirmou nesta segunda que ingressou com um pedido de habeas corpus, que será julgado pela 7ª Câmara Criminal.

Além dos requerimentos para adiar o depoimento, sob argumento de “cerceamento da defesa”, Dr. Jairinho também decidiu destituir parte de seus advogados no fim de semana.

Esta foi a quinta audiência de instrução e julgamento do caso – a primeira com depoimento dos réus. As outras três aconteceram em outubro e novembro do ano passado.

A audiência de instrução serve para avaliar se Monique e Jairinho cometeram algum crime intencional contra a vida. Caso a juíza considere isso, os dois deverão ir a júri popular – eles também poderão ser julgados em outras instâncias. A dupla é acusada de homicídio triplamente qualificado.

Bate-boca

A audiência começou com mais de uma hora de atraso devido a uma discussão entre a juíza Elizabeth Machado Louro, do 2º Tribunal do Júri do Rio, e os advogados de defesa. Além de Dalledone, outros sete estavam presentes. A juíza solicitou que apenas aquele que estivesse explanando poderia ficar em pé, mas os demais insistiram que tinham prerrogativa legal para fazer o mesmo e se negaram a sentar. A discussão perdurou por mais de 20 minutos. (Com informações do Estadão Conteúdo).

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