“Assisti abismado o governo anunciar que vai encaminhar a esta Casa uma PEC para parcelar compulsoriamente precatórios. Rolar dívida de um ano para o outro para abrir espaço fiscal tem nome no Brasil, o nome disso é pedalada. Isso já gerou o impeachment de uma presidente da República, e agora o governo resolveu constitucionalizar a pedalada”, afirmou, em discurso no plenário “Isso é inadmissível, isso é pedalada, isso é crime de responsabilidade hoje. Isso é calote.”

Ainda sobre a PEC dos precatórios, Ramos disse que o governo vai dar o calote nos professores, já que parte dessas dívidas se refere ao extinto Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do e de Valorização do Magistério (Fundef). Uma lei aprovada no Congresso estabeleceu que 60% desses precatórios devem ser obrigatoriamente aos profissionais de educação. Segundo Ramos, dos R$ 219 milhões devidos ao Amazonas, R$ 131,4 milhões pertencem aos professores.

“É preciso chamar credores e fazer acordos, isso depende da concordância da outra parte”, afirmou Ramos. “O governo não pode impor parcelamento e fazer pedalada fiscal, dar calote nos professores brasileiros.”

Ramos disse ainda que a PEC representa uma tentativa de romper o teto de gastos de forma disfarçada. “Isso é quebrar compromisso de austeridade fiscal que firmamos no passado, fundamental para dar sustentação à economia.”