O senador licenciado Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado em outubro de 2020 pela PF (Polícia Federal) com dinheiro na cueca, está se preparando para reassumir o mandato. Segundo a CNN Brasil, o afastamento termina em 17 de fevereiro e o político quer encurtar esse prazo.
Rodrigues foi alvo de operação que apurou suspeita de desvios de recursos para combate à Covid-19 em Roraima. Na ocasião, os policiais encontraram dinheiro escondido entre as nádegas do parlamentar.
O STF (Supremo Tribunal Federal) havia autorizado seu afastamento das funções e o governo de Jair Bolsonaro o retirou da vice-liderança na Casa. Pressionado, ele pediu licença por 90 e prorrogou por 121. Porém, contrariando o regimento interno, o Senado não convocou o suplente, seu filho Pedro Ferreira Rodrigues, para tomar posse.
O próprio senador atuou nos bastidores para impedir que o filho assumisse o cargo. O processo de cassação do mandato não avançou no Conselho de Ética, permitindo que o assunto fosse esquecido.
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), não se movimentou para convocar o suplente, e também não deseja fazê-lo. Nem Alcolumbre nem a assessoria do Senado se posicionaram sobre a situação.
Com o afastamento voluntário de Rodrigues, o plenário do STF não analisou a decisão monocrática do afastamento. Ainda conforme a CNN, ele abriu mão do salário, mas manteve benefícios como plano de saúde.